Lula garante concorrer à reeleição em 2026 e se aproxima de líderes na Câmara

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A líderes da Câmara, Lula diz que está com vigor e vai concorrer à reeleição em
2026

Presidente disse ser contra anistia para quem sequer foi condenado e prometeu se
aproximar mais de deputados.

Em jantar com o presidente da Câmara dos Deputados
[https://d.globo.com/tudo-sobre/camara-dos-deputados/], Hugo Motta
(Republicanos-PB) e líderes partidários nesta quarta-feira (23), o presidente
Luiz Inácio Lula [https://d.globo.com/politica/politico/lula/] da Silva (PT)
disse que, aos 79 anos, se sente com “muito vigor” e deve concorrer à reeleição
em 2026, segundo relatos de participantes.

A reunião durou cerca de duas horas e meia e faz parte de uma tentativa do
presidente de se aproximar dos parlamentares. A ministra das Relações
Institucionais, Gleisi Hoffmann
[https://d.globo.com/politica/politico/gleisi-hoffmann/], também estava
presente, além de 20 líderes partidários.

Recentemente, um encontro parecido aconteceu com os líderes do Senado.

Parlamentares presentes disseram que o presidente Lula também falou sobre o
projeto de lei de anistia
[https://d.globo.com/politica/noticia/2025/04/23/bolsonaro-tem-ajudado-em-nova-versao-do-projeto-da-anistia-a-envolvidos-no-81-diz-lider-do-pl.ghtml]
aos condenados pelo 8 de janeiro. Ele disse ser contra contra anistiar pessoas
que sequer foram condenadas, mas não se aprofundou no assunto.

Pedro Lucas rejeita convite para ministério e pede ‘desculpas’ a Lula
[https://s01.video.glbimg.com/x240/13539008.jpg]

Pedro Lucas rejeita convite para ministério e pede ‘desculpas’ a Lula

A reunião acontece um dia depois que o líder do União Brasil, Pedro Lucas (MA),
rejeitou o Ministério das Comunicações
[https://d.globo.com/politica/noticia/2025/04/22/pedro-lucas-rejeita-convite-para-assumir-ministerio-de-lula-e-diz-que-seguira-lider-do-uniao-na-camara.ghtml].
Na saída, o parlamentar disse que o clima com Lula foi cordial e que o
presidente é experiente.

Segundo relatos, Lula repetiu que quer se aproximar mais dos deputados e fez um
convite para que eles estejam presentes em mais viagens — como a que ocorreu
para o Japão e o Vietnã.

A avaliação é que, durante a comitiva, o presidente conseguiu se aproximar de
lideranças com quem ele não tinha tanto contato.

Além disso, prometeu novos encontros e disse que pretende marcar um futebol com
os parlamentares na Granja do Torto, a casa de campo do presidente da República.

1 de 1 Hugo Motta, Lula e Davi Alcolumbre — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Hugo Motta, Lula e Davi Alcolumbre — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

No encontro, Hugo Motta abriu a reunião com uma fala e foi seguido pelos líderes
partidários.

O presidente Lula ouviu, por exemplo, que a composição da Câmara mudou
majoritariamente e que apenas uma pequena parte dos deputados que estavam no seu
primeiro mandato de Lula continua. Por isso, ele precisa se esforçar para
conhecer os deputados.

Durante sua fala, o presidente fez um resumo dos dois anos de mandato. Segundo o
líder do governo, José Guimarães (PT-CE), Lula elencou como pautas prioritárias
na Câmara a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e o
projeto de ampliação do imposto de renda.

PROJETO DA ANISTIA

Após a saída do presidente Lula, líderes partidários continuaram na residência
oficial para uma “reunião preparatória” para o colégio de líderes, que acontece
nesta quinta-feira (24).

Um dos temas tratados foi o projeto de lei da anistia, já que o líder do PL,
Sóstenes Cavalcante (RJ), promete levar o pedido para quem a urgência da
proposta seja pautada. Por ser da oposição, Sóstenes não estava presente na
reunião.

Segundo relatos, o presidente da Câmara disse que queria ouvir a opinião das
lideranças.

Alguns líderes se manifestaram contrários radicalmente ao texto e disseram que o
tema tomaria o protagonismo de todas as outras questões da Câmara.

Outros líderes apresentaram um posicionamento “meio termo” e defenderem
alternativas, por exemplo, a revisão das penas. Na avaliação de um governista
que estava na reunião, contudo, o clima da maioria não era a favor da proposta.

Na conversa, foi colocado que o assunto exige um diálogo com o Supremo Tribunal
Federal, que aplicou as penas com base em punições previstas na legislação.

Há ainda uma preocupação de líderes de que Hugo Motta, na função de presidente
da Câmara, não pode perder a interlocução com o Supremo, principalmente depois
de meses do imbróglio envolvendo as emendas parlamentares.

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