Brasil enfrenta desafios ao se posicionar sobre o caso do visto de Erika Hilton. A deputada afirmou ter sido alvo de transfobia ao ter seu visto dos Estados Unidos alterado, modificando sua identidade de gênero para “masculino”. No entanto, o governo brasileiro está encontrando dificuldades em tomar uma posição ou solicitar providências às autoridades norte-americanas em relação ao caso.
Segundo diplomatas entrevistados pela CNN, é complicado exigir que as leis brasileiras sejam respeitadas em solo estrangeiro. A visão é de que o governo não tem controle sobre o que pode ser feito nesse caso. Erika Hilton alega ter sido vítima de transfobia por parte do governo dos EUA e pediu pronunciamentos do Itamaraty e do Congresso Nacional sobre o assunto na semana passada.
Na última quarta-feira (23), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se encontrou com a deputada para discutir o caso. Em comunicado, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil defendeu a política do país de reconhecer apenas dois sexos, masculino e feminino, considerados “imutáveis” desde o nascimento.
Erika Hilton havia sido convidada para palestrar em um evento na Universidade de Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusett (MIT) neste mês, porém desistiu da viagem após a mudança em seu visto. A deputada manifestou surpresa com a alteração e lamentou o episódio.
É notório que a questão envolvendo o visto de Erika Hilton levantou debates sobre direitos e identidade de gênero no cenário internacional. A situação evidencia a importância de políticas inclusivas e respeitosas em relação à diversidade de gênero. A deputada permanece firme em sua luta contra a transfobia e espera que o caso seja tratado com a devida seriedade pelos órgãos competentes.
Diante desse contexto, é crucial que as instituições brasileiras e estrangeiras se posicionem de forma a garantir o respeito e a proteção dos direitos de todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero. O episódio envolvendo Erika Hilton ressalta a necessidade de um diálogo aberto e construtivo sobre questões relacionadas à diversidade, visando promover uma sociedade mais justa e igualitária para todos.