A relação entre o presidente Lula DE e seu ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, está em um momento delicado. Tudo começou quando Lupi se recusou a demitir o presidente do INSS em uma entrevista coletiva, o que não agradou o presidente. Lula havia determinado a demissão logo cedo, e sua expectativa era que Lupi anunciaria a saída de Stefanutto durante a entrevista. No entanto, a demissão não foi anunciada, o que levou o Palácio do Planalto a confirmar oficialmente a ordem de demissão.

Após o episódio, assessores de Lula receberam a informação de que Stefanutto estaria se antecipando e pedindo demissão, o que gerou descontentamento por parte do presidente. No final da tarde, a Casa Civil publicou a exoneração de Stefanutto no Diário Ofificial da União. A Polícia Federal ainda não encontrou evidências graves contra o ex-presidente do INSS, mas as investigações continuam em andamento.

Segundo assessores de Lula, Stefanutto foi alertado sobre possíveis fraudes no INSS, e até recomendou o uso de uma biometria mais eficaz. No entanto, o órgão optou por uma alternativa menos segura que permitia fraudes. Apesar da demissão de Stefanutto, aliados de Lupi acreditam que ele permanecerá no governo e que o desgaste com o presidente será superado.

A demissão do presidente do INSS foi justificada pela falta de ação preventiva contra os desvios de dinheiro de aposentados e pensionistas. Interlocutores de Lupi afirmam que ele considera a possibilidade de o governo estar sendo injusto com Stefanutto, já que não há provas que o liguem diretamente às fraudes. A relação entre Lula e Lupi pode estar desgastada no momento, mas há a expectativa de que tudo seja superado e que o ministro permaneça no governo.