O policial militar Anderson Dieymes David, acusado de atirar na cabeça e matar o colega de farda Jefferson da Silva Marafian em um motel de Joinville, foi absolvido em júri popular pelo crime de homicídio. A informação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) após o julgamento realizado na terça-feira (23).
O caso ganhou repercussão nacional e aconteceu em março de 2017. Na época, a investigação apontou que Anderson teria flagrado a mulher, que também é PM, com a Jefferson no local. O casal estava em processo de separação.
Segundo a investigação conduzida pela corporação, a mulher chegou a ser agredida pelo ex no motel. A defesa sustentou que Anderson atirou em legítima defesa ao encontrar Jefferson “apontando uma arma em sua direção”. A promotoria pode recorrer da decisão.
Os três policiais militares eram lotados na PM de Garuva, no Norte do estado. Segundo a defesa de Anderson, a mulher e ele moravam juntos em Curitiba (PR) quando o crime aconteceu. Após o caso, a mulher teve afastamento psicológico atestado.
Logo após o crime, Anderson foi preso e permaneceu no 8º Batalhão da PM até 18 de julho de 2017, quando foi solto. Ainda naquele ano, o acusado foi transferido para o 27º Batalhão, em São Francisco do Sul, na mesma região, onde foi designado para desempenhar funções administrativas.
Em 2018, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou o processo contra o policial militar e entendeu que o caso não se tratava de crime militar, encaminhando a investigação à Justiça comum.
Em nota à imprensa, o advogado Renan Canto afirmou que Anderson estava excluído da PM desde a época do fato. Com a absolvição, o defensor pedirá a reintegração imediata dele à corporação.