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A decisão da Câmara de cassar o mandato de Chiquinho Brazão por ausência em sessões é um desfecho esperado para o parlamentar, que já estava preso desde março do ano passado sob a suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle Franco. O Conselho de Ética da Casa havia recomendado a cassação do mandato de Brazão, mas a votação nunca foi levada ao plenário. Agora, com a publicação do ato no Diário Oficial da Câmara, a Mesa Diretora formalizou a perda do mandato do deputado com base no artigo 55, III e § 3° da Constituição, que trata da presença nas sessões.

Chiquinho Brazão, juntamente com seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, foi preso em março do ano passado, sob a acusação de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco. Após a confirmação da prisão em votação na Câmara, o Conselho de Ética aprovou um relatório recomendando a cassação do mandato. No entanto, o texto nunca foi colocado em pauta no plenário, o que gerou críticas por parte de alguns parlamentares, como a líder do PSOL na Câmara, Talíria Petroni.

Para Petroni, a perda do mandato de Brazão era necessária, mas a forma como ocorreu foi questionável. Ela destacou a importância de que a cassação fosse decidida em plenário, de forma transparente e democrática. A rápida decisão da Mesa Diretora pode ter sido interpretada como uma manobra para preservar os direitos políticos de Brazão e garantir que ele não se torne inelegível. Além disso, a líder do PSOL criticou a postura de alguns deputados aliados de Brazão, que não se posicionaram claramente sobre o assunto.

A assinatura do ato de cassação do mandato de Brazão contou com a participação de diversos membros da Mesa Diretora da Câmara, incluindo o presidente Hugo Motta e outros parlamentares. A decisão representa um desfecho para o caso e traz consequências políticas para o deputado cassado. Ainda assim, a questão do envolvimento de Brazão no assassinato de Marielle Franco continua sendo investigada, e novos desdobramentos podem surgir no futuro.

Em meio a esse cenário, a política brasileira enfrenta mais um episódio polêmico que envolve um parlamentar com histórico controverso. A cassação do mandato de Chiquinho Brazão por ausência em sessões levanta questões sobre a integridade do sistema político e a ética dos representantes eleitos. Resta aguardar para ver como a sociedade e as instituições responderão a essa decisão e como isso impactará o cenário político do país.