José Sarney celebra 95 anos e 40 anos de redemocratização do Brasil

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José Sarney celebra 95 anos com homenagens que marcam os 40 anos da redemocratização do Brasil

Evento marcou a celebração de 95 anos do ex-presidente e reuniu cerca de mil pessoas nessa quinta-feira (24), em São Luís. Sarney foi homenageado pelo Governo Federal com selo comemorativo que marca os 40 anos de redemocratização do Brasil e com a abertura de exposição que mostra trajetória política.

O ex-presidente da República, José Sarney, celebrou, na noite de quinta-feira (24), seu aniversário de 95 anos em uma cerimônia marcada por homenagens. O evento, realizado no Convento das Mercês, em São Luís, reuniu políticos, autoridades, personalidades, amigos e familiares.

A celebração também marcou os 40 anos da redemocratização do país. O maranhense José Sarney foi o primeiro civil a assumir a presidência do Brasil após o regime militar (1964–1985), simbolizando o início da retomada democrática.

Durante a solenidade, o ex-presidente foi homenageado pelo Ministério das Comunicações e pelos Correios com o lançamento de um selo comemorativo, que celebra os 40 anos da democracia.

A imagem do selo, fotografada por Sônia Rêgo e cedida pelo acervo da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), mostra José Sarney ao lado de Tancredo Neves, líder político eleito presidente em 1985, mas que faleceu antes de tomar posse. A homenagem valoriza a preservação da memória nacional e a luta pela consolidação da democracia brasileira.

Ao fim da cerimônia, José Sarney inaugurou a exposição “Ecos da Democracia: Fios de Memória e Resistência”, no Convento das Mercês, que reúne centenas de fotografias, artefatos e documentos históricos do período da redemocratização, durante o qual esteve à frente da presidência do país. A mostra é mantida pela Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB).

Estiveram presentes na solenidade o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB); a secretária-executiva do Ministério das Comunicações, Sônia Faustino; o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB); a presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Iracema Vale (PSB); o ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil); o superintendente estadual dos Correios no Maranhão, Thiago Serra; e o presidente da Fundação da Memória Republicana Brasileira, Kécio Rebelo.

Ao lado da esposa, a ex-primeira dama Marly Sarney e dos filhos, José Sarney comemorou a chegada dos seus 95 anos em um coquetel que reuniu cerca de mil pessoas no Convento das Mercês, entre autoridades políticas do Brasil, amigos e admiradores de sua trajetória pessoal e política.

Em telões montados em todo o espaço do evento, foram exibidas dezenas de fotos que mostram momentos mais íntimos da vida pessoal – um pouco mais reservada – do maranhense que é um dos políticos mais conhecidos do país. A noite, ainda, contou com apresentações de artistas da cultura popular do Maranhão.

Há exatos 40 anos, terminava a ditadura militar e iniciava-se a redemocratização do Brasil. Em 1985, o maranhense José Sarney assumiu de forma interina a Presidência da República. O ato encerrou o período em que o país foi comandado por uma ditadura militar (1964-1985) e marcou o início da redemocratização do país.

Tancredo Neves, o presidente eleito pelo colégio eleitoral, foi hospitalizado na véspera da posse com fortes dores abdominais e precisou passar por uma cirurgia. A internação iniciou a sequência de 39 dias de apreensão que terminou com a morte do presidente, em 21 de abril, aos 75 anos, sem que ele tivesse tomado posse.

Primeiro na linha de sucessão, Sarney assumiu de forma definitiva a Presidência da República e governou até março de 1990. Foi o primeiro civil a presidir o Brasil em 21 anos – o último havia sido João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964.

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