PMs são condenados por matar jovem com câncer durante abordagem
Um crime chocante aconteceu em novembro de 2021 no Residencial Fidélis, em Goiânia. Segundo a Justiça, os policiais militares foram condenados a 4 anos e 8 meses de reclusão em regime semiaberto por agredir e matar o jovem com câncer nos ossos, Chris Wallace da Silva. Wilson Luiz Pereira de Brito Júnior e Bruno Rafael da Silva foram os acusados do homicídio.
Chris Wallace, um jovem de 24 anos, morreu após a abordagem dos PMs em Goiânia, Goiás. Ele foi espancado com socos, chutes e pancadas de cassetete pelos policiais, resultando em traumatismo cranioencefálico grave. A agressão aconteceu no dia 10 de novembro de 2021, levando Chris a ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde faleceu seis dias depois.
Os policiais teriam utilizado cassetetes para cometer o crime contra o jovem com câncer. O juiz Érico Mercier Ramos afirmou que a condenação pelo homicídio preterdoloso se deu pela intenção de causar uma lesão corporal que resultou na morte de Chris. Mesmo sem a intenção de matar, a ação dos PMs assumiu o risco, levando à fatalidade.
A família do jovem alegou que ele lutava contra um câncer nos ossos há cerca de 10 anos e que, durante a abordagem, Chris informou aos policiais sobre sua condição de saúde fragilizada. Mesmo assim, as agressões continuaram. O boletim de ocorrência relatou que Chris chegou em casa após a abordagem, onde teve crises convulsivas e vomitou sangue, sendo levado ao hospital em seguida.
Em um primeiro momento, a acusação contra os policiais foi desclassificada de homicídio para lesão corporal pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas, alegando falta de intenção homicida por parte dos réus. No entanto, em novo julgamento, os desembargadores decidiram levar o caso a júri, baseando-se em laudos periciais que apontaram o traumatismo craniano como a causa da morte de Chris Wallace.
A violência policial e a trágica morte de um jovem com câncer causaram comoção na sociedade e levantaram questões sobre a conduta das forças de segurança. O caso ainda aguarda novos desdobramentos na Justiça, enquanto a família de Chris busca por justiça e por uma resposta adequada diante da perda do ente querido. É fundamental que casos como esse sejam investigados e que os responsáveis sejam responsabilizados pelos seus atos.