Funcionária denuncia racismo em escola de BH: aluno faz comentário injurioso

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Funcionária do Colégio Marista Padre Eustáquio, em Belo Horizonte, denuncia racismo cometido por aluno

Uma funcionária do Colégio Marista Padre Eustáquio, localizado na Região Noroeste de Belo Horizonte, denunciou ter sido vítima de racismo durante a aplicação de provas. O caso veio à tona nesta quinta-feira (24) e causou indignação. A jovem, de 21 anos, relatou que enquanto entregava provas em uma das salas de aula, um aluno do terceiro ano do ensino médio fez um comentário injurioso em voz alta, dizendo que ela estava “fedendo a África”.

A funcionária, que preferiu não se identificar, ficou profundamente abalada e constrangida com o comentário racista. Segundo ela, o aluno responsável pelo ato não foi capaz de se retratar ou se desculpar quando questionado. A jovem descreveu a situação como humilhante e desrespeitosa, afirmando que o episódio afetou profundamente sua dignidade.

Diante do ocorrido, a vítima buscou assistência pedagógica na escola, que orientou que o caso fosse primeiramente ouvido pela versão do aluno envolvido. Insatisfeita com a resposta da instituição de ensino, a funcionária registrou um boletim de ocorrência na polícia, em busca de justiça diante do ato racista que sofreu. O diretor da escola confirmou aos policiais militares que estava ciente da situação e garantiu que medidas internas seriam tomadas.

A direção do Colégio Marista Padre Eustáquio emitiu uma nota repudiando veementemente o episódio de discriminação racial e se comprometeu a colaborar com as autoridades nas investigações. Os responsáveis legais do aluno acusado de proferir o comentário racista foram acionados, e a escola assegurou que está acompanhando o caso com cuidado, pautada nos princípios de respeito à dignidade de todas as pessoas e na formação humana.

A denúncia de racismo no contexto educacional reforça a importância de debates e ações educativas que promovam o respeito à diversidade e a igualdade racial. O combate ao racismo e à discriminação devem ser constantes em todas as esferas da sociedade, incluindo o ambiente escolar, garantindo que atitudes preconceituosas como a relatada pela funcionária não sejam toleradas. Diante do episódio lamentável, é fundamental que medidas efetivas sejam tomadas para punir atos racistas e promover uma educação inclusiva e respeitosa para todos.

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