Militares do Exército em Barueri denunciam falta de câmeras em quartel após agressão a soldado: áudios e prints revelam vulnerabilidade.

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Áudio e prints revelam que militares do Exército relatam falta de câmeras em quartel de Barueri em que soldado denunciou agressão

Um soldado registrou boletim de ocorrência em março deste ano para denunciar que foi forçado a fazer flexões; ele diz que foi agredido com chutes após informar perda de item do uniforme. O Exército afirmou que vai apurar a denúncia, mas que não há indícios de crime.

O soldado Valdir de Oliveira Franco Filho denunciou que foi agredido dentro do quartel após perder a fivela do cinto. O jovem está em casa, acamado e apresenta sequelas físicas. O Exército informou que o caso está sendo apurado e abriu sindicância para investigar o ocorrido.

Militares em Barueri, na Grande São Paulo, afirmaram em grupos de mensagens que o quartel possui áreas sem câmeras de monitoramento, o que facilitaria episódios de violência como o denunciado pelo soldado Valdir em março deste ano. Os agressores poderiam levar colegas para locais sem vigilância onde não há câmeras de segurança, conforme áudios obtidos pela TV Globo.

Outro integrante do grupo menciona que no Arsenal de Guerra não há câmera em praticamente nenhum local. Além disso, um terceiro reforça na conversa que as câmeras do comandante da guarda estavam desligadas em determinado momento.

Em entrevista à TV Globo, Valdir de Oliveira relatou que foi submetido a agressões no quartel. Ele foi forçado a fazer flexões e receber chutes após perder a fivela do cinto do uniforme e informar ao oficial. Mesmo com sequelas físicas, foi obrigado a retomar o treinamento físico naquele dia.

Segundo o relato do soldado à polícia, ele foi levado ao Hospital Municipal de Barueri após as agressões, mas no retorno ao quartel não teve o devido repouso recomendado pelos médicos. A Defesa alega que Valdir foi submetido a situações incompatíveis com a atividade militar, caracterizando tortura.

O Exército abriu sindicância para apurar o caso e garantiu assistência médica ao soldado. O Comando Militar do Sudeste informou que não há indícios de crime até o momento. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo registrou o caso como maus-tratos e encaminhou para investigação.

Em outra situação no mesmo local, a União foi condenada a pagar indenização por dano moral à família de um militar que morreu afogado durante um treinamento aquático em 2017. Três soldados se afogaram após uma ordem de um cabo para se “molharem até o pescoço” sem supervisão adequada. A União teve recurso negado e a condenação foi confirmada.

Esses casos levantam questões sobre a segurança e o acompanhamento dos militares em treinamentos e dentro dos quartéis do Exército em Barueri. A transparência e a responsabilidade são fundamentais para garantir a integridade e o respeito aos direitos dos membros das Forças Armadas.

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