Um homem homossexual e uma mulher transgênero foram resgatados de condições análogas à escravidão em Planura, no Triângulo Mineiro, após quase uma década de exploração. As vítimas, ambas uruguaias, foram aliciadas por falsas promessas de emprego e moradia via redes sociais. O homem teve as iniciais “A.J.” tatuadas no corpo como marca de posse.
Exploração no mercado de trabalho
Segundo a Auditoria-Fiscal do Trabalho de Minas Gerais, os empregadores ofereciam suposto acolhimento através do Facebook e Instagram para atrair pessoas LGBT+ vulneráveis.
O trabalhador atuou como doméstico sem registro ou salário desde 2016, acumulando cicatrizes físicas e psicológicas. A mulher trans relatou jornadas das 6h às 18h, com salário reduzido a R$100 após descontos abusivos.
A operação “Novo Amanhã”, deflagrada entre 8 e 15 de abril após denúncia ao Disque 100, prendeu três homens que formavam um trisal: um contador, um administrador e um professor. As vítimas recebem atendimento da UFU (Universidade Federal de Uberlândia) e Unipac (Centro Universitário Presidente Antonio Carlos).