Vaticano define data para conclave que escolherá o próximo papa

Cardeais participam de uma missa na Basílica de São Pedro antes do iní­cio do conclave em 12 de março de 2013, no Vaticano - (crédito: Gabriel BOUYS / AFP )

O Vaticano anunciou que o conclave para a escolha do próximo papa terá início no dia 7 de maio. A data foi definida durante a quinta congregação geral dos cardeais, realizada na segunda-feira, 28.

Ao todo, 135 cardeais, incluindo sete brasileiros, se reunirão na Capela Sistina para eleger o sucessor do papa Francisco, falecido em 21 de abril e sepultado no sábado, 26, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

A Capela Sistina foi fechada ao público nesta segunda-feira para iniciar os preparativos do conclave.

Dos cardeais convocados, 108 foram nomeados por Francisco: 40 na Europa, 20 na Ásia, 19 na América Latina, 15 na África, 10 na América do Norte e 4 na Oceania. Bento XVI nomeou 22 cardeais e João Paulo II, 5. O termo “conclave”, derivado do latim “cum clavis”, que significa “sob chave”, se refere à reunião dos cardeais para escolher o novo pontífice. Desde 1970, com a reforma de Paulo VI, a idade máxima para votar é 80 anos.

Como Funciona o Conclave?

Os 135 cardeais eleitores serão hospedados na residência de Santa Marta, no Vaticano, durante o conclave. O processo começa com um cortejo da Capela Paulina até a Capela Sistina, onde as portas serão trancadas e as chaves retiradas.

O Vaticano explica que “é essencial proteger a eleição do Papa de influências externas, garantindo a liberdade e a independência de julgamento de cada cardeal”. Em seu primeiro dia, os cardeais participam de uma missa solene na Basílica de São Pedro.

Durante o conclave, os cardeais são designados por sorteio para diferentes funções: três como “escrutinadores”, três como “infirmarii” (responsáveis por recolher os votos dos cardeais doentes) e outros como revisores.

Cada cardeal recebe uma cédula com a inscrição “Eligo in Summum Pontificem” (“Elejo como Sumo Pontífice”) e deve escrever o nome do candidato à mão, de forma ilegível. Após o voto, a cédula é colocada em uma urna, onde será misturada, contada e verificada por escrutinadores.

Se nenhum cardeal alcançar dois terços dos votos, uma nova votação será realizada. O processo inclui duas votações pela manhã e duas à tarde até que um papa seja eleito.

As cédulas e registros de votação são queimados a cada duas rodadas, e a fumaça emitida pela chaminé indica o resultado: fumaça preta, se não houver eleição, e fumaça branca, caso um novo pontífice seja escolhido.

Após a eleição, o cardeal escolhido será questionado sobre sua aceitação da eleição e sobre como deseja ser chamado. Caso aceite, ele se tornará o novo papa e bispo de Roma.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp