Um caso recente envolvendo estudantes de medicina da Faculdade Santa Marcelina, localizada em São Paulo, chamou a atenção da opinião pública e das autoridades. Doze alunos foram expulsos da instituição por tirarem uma foto segurando uma bandeira com uma mensagem de alusão ao estupro. Além disso, outros 11 estudantes receberam sanções disciplinares e a atlética responsável foi interditada por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após uma sindicância instaurada em decorrência dos fatos ocorridos durante um evento esportivo universitário no dia 15 de março.
A mensagem na bandeira dizia “entra p****, escorre sangue”, retirada de um hino da atlética de medicina que foi banido em 2017. O ato foi denunciado pelo Coletivo Francisca, composto por alunas e ex-alunas da faculdade, que apontaram a violação da dignidade sexual e o impacto negativo que a mensagem poderia causar no ambiente acadêmico. Em resposta, a Faculdade Santa Marcelina manifestou repúdio ao episódio, reforçando os princípios éticos e o compromisso com a legislação vigente por parte dos alunos.
A faculdade também anunciou a abertura de uma sindicância interna para apurar o caso. Os estudantes envolvidos estão sujeitos a penalizações que vão desde advertências até o desligamento da instituição, dependendo da gravidade da infração e dos valores institucionais em questão. A Polícia Civil, por meio da 8ª Delegacia de Defesa da Mulher, iniciou um inquérito para investigar as circunstâncias do ocorrido e tomar as medidas cabíveis.
A repercussão negativa do caso levou a Faculdade Santa Marcelina a adotar uma postura proativa e colaborativa diante da situação. A instituição reforçou seu compromisso com a transparência, os princípios éticos e morais, a dignidade social acadêmica e a legislação vigente. A expulsão dos alunos e as medidas disciplinares aplicadas servem como um exemplo do combate a atos que promovem o medo, a opressão e a violência no ambiente acadêmico.
A atuação do Coletivo Francisca e a mobilização da sociedade civil demonstram a importância de se combater discursos e práticas que desrespeitam a dignidade e a integridade das pessoas. A conscientização sobre questões de gênero, respeito e ética se faz necessária para garantir um ambiente acadêmico seguro e inclusivo para todos os estudantes. A punição dos envolvidos no caso serve como um alerta sobre as consequências de atitudes que desrespeitam valores fundamentais da sociedade.