Investigação aponta possível ligação de morte de turistas em Fortaleza com atividades ilegais na fronteira do Paraguai

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A morte de dois turistas na Praia do Futuro, em Fortaleza, no dia 1º de abril deste ano, pode ter uma ligação preocupante com atividades ilegais na fronteira com o Paraguai, de acordo com a investigação da Polícia Civil do Ceará. Renato Faria de Azeredo, 34 anos, do Rio de Janeiro, e André Luís Guellen, conhecido como “Foguinho”, 43 anos, do Rio Grande do Sul, foram atacados quando saíam de uma barraca de praia, dentro de uma caminhonete. A polícia encontrou uma quantidade significativa de joias em ouro e dinheiro do Paraguai no veículo, indicando possíveis atividades ilícitas das vítimas.

No dia 23 de abril, o Ministério Público do Ceará denunciou quatro suspeitos pernambucanos pelos assassinatos. Gabriel Carlos do Nascimento Silva, Júlio César do Nascimento, Ítalo Rafael Silva Santos e Pablo Lucas Simões Soares foram apontados como responsáveis pelo duplo homicídio por motivo torpe. A denúncia relata que os criminosos planejaram meticulosamente os assassinatos, vindo de Pernambuco exclusivamente para cometer o crime na capital cearense.

Segundo a investigação, cada suspeito desempenhou um papel específico na execução dos turistas em Fortaleza. Pablo Lucas foi responsável por reservar hospedagem para o grupo, enquanto Júlio César e Gabriel deram suporte no dia do crime. Ítalo Rafael, que chegou horas antes dos assassinatos, foi o executor dos turistas na Praia do Futuro. A ação foi descrita como premeditada e planejada, envolvendo quatro pessoas em atividades complexas e cronometradas, conforme destaca a denúncia do Ministério Público.

A ligação dos crimes com atividades ilegais na fronteira do Brasil com o Paraguai levanta preocupações sobre possíveis riscos e inimigos que as vítimas poderiam ter atraído. A descoberta de apostas online e criação de galos para rinhas indica um envolvimento em práticas criminosas que culminaram nas mortes dos turistas. A prisão dos suspeitos em Pernambuco e Sergipe revela a atuação transnacional dos criminosos, que vieram ao Ceará especificamente para cometer os assassinatos.

A execução dos turistas em Fortaleza chocou a população e as autoridades, que ressaltam a gravidade e reprovabilidade do crime. A atuação conjunta dos órgãos responsáveis na investigação e denúncia dos suspeitos demonstra um esforço em combater a criminalidade e trazer justiça às vítimas. A complexidade e planejamento detalhado dos assassinatos evidenciam a crueldade e a impunidade que a justiça busca reverter, garantindo a punição dos envolvidos e a segurança da sociedade.

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