A Polícia Federal (PF) desencadeou a Operação Narco Vela em cinco estados brasileiros e em três países estrangeiros, com o objetivo de combater o tráfico internacional de drogas realizado por meio de barcos e veleiros. A ação visa cumprir mandados de prisão temporária e de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da 5ª Vara Federal de Santos (SP). A investigação revelou que a organização criminosa atuava principalmente no envio de drogas para os continentes europeu e africano, utilizando equipamentos satelitais e embarcações capazes de cruzar oceanos.
Até as 8h desta terça-feira, 23 pessoas já haviam sido presas em decorrência da Operação Narco Vela. Os mandados expedidos contemplam quatro prisões preventivas, 31 temporárias e 62 de busca e apreensão, abrangendo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina. Além disso, estão sendo executados três mandados de prisão preventiva em países estrangeiros, como Estados Unidos, Itália e Paraguai.
As equipes policiais envolvidas na operação estão atuando de forma integrada para o cumprimento dos mandados de prisão e apreensão. Mais de 300 policiais federais e 50 policiais militares de São Paulo foram mobilizados para as ações. Além das prisões, foram realizadas apreensões de veículos de luxo, embarcações e drogas, com bloqueio e apreensão de bens no valor de R$ 1,32 bilhão determinado pela Justiça Federal.
As cidades dos estados brasileiros onde estão sendo cumpridos os mandados variam, com destaque para Santos (SP), onde a operação está focada. No estado do Rio de Janeiro, há mandados em Mangaratiba, enquanto no Maranhão ocorrem ações em São Luís, e no Pará, nas cidades de Ananindeua e Belém. Já em Santa Catarina, as cidades envolvidas são Balneário Camboriú, Barra Velha, Florianópolis, Itajaí e São Francisco do Sul.
As investigações tiveram início a partir de uma comunicação da Agência de Repressão às Drogas dos EUA (Drug Enforcement Agency – DEA), que reportou a apreensão de 3 toneladas de cocaína em um veleiro brasileiro nas águas internacionais próximas ao continente africano. Outros carregamentos foram interceptados por autoridades de diversos países, como a Marinha Americana, a Guarda Civil Espanhola e a Marinha Francesa. Os envolvidos serão responsabilizados por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e integração em organização criminosa, de acordo com suas participações nos delitos.
