Assessores da Presidência defendem que o governo acabe com os descontos de contribuições via benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (DE), argumentando que essa transação deveria ocorrer diretamente entre as associações de aposentados e os segurados, por meio de boletos sem a intermediação do INSS. Alegam que o modelo atual se mostrou suscetível a fraudes, tornando-se uma fonte de corrupção.
A investigação de fraudes no INSS apontou indícios da participação de servidores no esquema ilegal de descontos em benefícios. De acordo com assessores, o formato atual do sistema de descontos via INSS tem possibilitado a corrupção e gerado lucro fácil para associações sem prestação efetiva de serviços aos aposentados e pensionistas, elevando o risco de irregularidades.
Eliminar a intermediação do INSS no processo de descontos traria benefícios ao governo, evitando contaminação ao sistema e reduzindo os riscos envolvidos. Atualmente, as associações fecham convênios com o órgão para permitir os descontos diretamente nos pagamentos, o que favorece essas entidades com baixo custo de arrecadação, enquanto o governo arca com as consequências de possíveis irregularidades.
Para lidar com a crise do INSS, além de acabar com os descontos via benefícios, assessores defendem a rápida definição de um modelo de devolução dos recursos descontados por associações, acelerando investigações e demonstrando à população a ação da Polícia Federal e CGU no combate à corrupção. O ministro Carlos Lupi, da Previdência Social, segue sobrevivendo à crise, mas enfrenta pressão por demissão devido às falhas no controle do INSS.
A cada explicação, fica evidente que Lupi falhou no controle do sistema, permitindo o aumento das fraudes de forma bilionária. Uma ala do governo pressiona pela sua demissão, mas isso acarretaria em problemas políticos para o governo, com possíveis impactos na base aliada. A decisão sobre o destino de Lupi é delicada, pois uma demissão poderia resultar no desembarque do partido do governo às vésperas da próxima eleição presidencial.