Um indivíduo residente em Curitiba conseguiu reaver mais de R$ 32 mil após ser vítima de um golpe de clonagem de cartão, no qual os criminosos se passaram por uma floricultura e alegaram querer fazer uma entrega de presente de aniversário. A vítima, que não quis se identificar, relatou que os golpistas afirmaram ter ido à sua residência, sem sucesso, e combinaram entregar o presente em seu local de trabalho.
No momento da entrega, o suposto entregador cobrou uma taxa adicional de frete de R$ 5,90 antes de entregar o “presente”. Ao inserir o cartão e digitar a senha, a vítima teve seus dados clonados, resultando em duas compras fraudulentas no valor total de R$ 32,8 mil em seu nome. Após tentar resolver a situação diretamente com o banco, sem sucesso, o homem decidiu acionar o Banco Central.
Após a denúncia ao Banco Central e a formalização de reclamações no site do consumidor e pelo telefone 145 da instituição, o banco reavaliou o caso e estornou os valores indevidamente debitados. A instituição justificou o estorno alegando a falta de sucesso na negociação com a empresa responsável pela máquina utilizada no golpe e a consideração do cliente como um bom pagador.
A coordenadora do Procon Paraná, Claudia Silvano, destaca a responsabilidade dos bancos em casos de operações atípicas, como gastos elevados em curto espaço de tempo e em locais diferentes do habitual. Ela ressalta a importância de os bancos identificarem e bloquearem imediatamente operações suspeitas, devolvendo os valores aos clientes prejudicados.
Em situações de golpes financeiros, é fundamental que a vítima procure o banco, bloqueie o cartão e registre um boletim de ocorrência. Reunindo todas as evidências, é indicado formalizar reclamações no Procon e no Banco Central. Caso a devolução dos valores não ocorra, o recurso à Justiça se torna uma opção viável para buscar a reparação do prejuízo. A atuação rápida e assertiva diante de golpes financeiros pode garantir a recuperação dos valores e a proteção dos direitos do consumidor.