Pietro Parolin, de 70 anos, é um dos cardeais cotados para suceder o Papa Francisco. Durante o pontificado de Francisco, Parolin foi o número dois do Vaticano, atuando como secretário de Estado e se destacando no cenário mundial.
Histórico
Com uma longa história na América Latina, Parolin participou das negociações que reataram as relações entre o Vaticano e o México, atuou como núncio na Venezuela e mediou o diálogo entre os EUA e Cuba. Além disso, desempenhou um papel importante na assinatura do acordo de 2018 entre a Santa Sé e a China comunista sobre a nomeação de bispos, encerrando quase 70 anos de tensões.
Parolin é conhecido por líderes e diplomatas, além de estar familiarizado com a Cúria romana, o aparato administrativo da Santa Sé. Ele é acessível, mas cauteloso em público, evitando declarações que possam ser mal interpretadas. O cardeal italiano expressou suas opiniões sobre questões sociais, afirmando que o celibato sacerdotal não é dogma, mas um “presente de Deus para a Igreja”. Ele também denunciou o aborto e a barriga de aluguel como violações da dignidade humana.
Francisco o nomeou seu braço direito após assumir a cátedra de São Pedro e o fez cardeal em 2014. Parolin agora é um dos favoritos para substituir o jesuíta argentino antes do conclave, representando a continuidade e abrindo a porta para consertar fraturas na Igreja.