Vanderlan promove reunião com presidente da Equatorial Goiás para solucionar a crise de energia no Vale do Araguaia

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A crise energética que há anos impede o progresso do Vale do Araguaia, em Goiás, pode estar perto de um desfecho. Na segunda-feira (5), o senador Vanderlan Cardoso (PSD/GO), acompanhado por uma comitiva de parlamentares e prefeitos, esteve na sede da Equatorial Goiás, em Goiânia, buscando uma solução para a ausência de energia na região. O grupo exigiu da concessionária um compromisso firme na construção dos ramais de distribuição de energia que conectarão os municípios à nova linha de transmissão de alta tensão, prevista para ser leiloada pelo governo federal até outubro.

Embora o linhão federal represente um avanço, ele não resolve a questão por completo. É necessário que a energia seja distribuída a cidades, propriedades e empreendimentos locais através de linhas alimentadoras, um processo que depende diretamente da Equatorial. A visita do senador Vanderlan teve como objetivo justamente cobrar a construção dessas linhas.

A reunião com o presidente da Equatorial, Lener Jayme, contou com a presença dos deputados federais José Nelto e Ismael Alexandrino, além de diversos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores da região. O principal objetivo foi garantir que a energia não apenas passe pelo Vale do Araguaia, mas que também seja efetivamente distribuída entre os municípios e as áreas rurais.

“A falta de energia está impedindo o desenvolvimento. Há empresários prontos para abrir indústrias e agroindústrias, mas desistem por causa da falta de infraestrutura elétrica. Isso resulta em menos empregos, menos renda e um futuro incerto para a região”, destacou Vanderlan, que já havia abordado a questão com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em reuniões anteriores.

O leilão do linhão é um avanço, mas não elimina o problema local se não estiver acompanhado da infraestrutura necessária para a distribuição. “Se os ramais não forem construídos junto com a linha principal, a energia apenas passará pela região, sem chegar onde realmente é necessária. Estamos aqui para garantir esse compromisso da Equatorial”, afirmou o senador durante a reunião.

Lener Jayme, presidente da concessionária, garantiu que a empresa está disposta a agir. “Assim que a empresa vencedora do leilão iniciar as obras da linha principal, a Equatorial começará imediatamente a construção das redes alimentadoras. Estamos prontos para investir e já aplicamos mais de R$ 4 bilhões em Goiás nos últimos anos”, enfatizou, mencionando também os avanços nos índices de qualidade da distribuidora desde que assumiram a concessão.

Apesar das melhorias, muitos problemas ainda persistem. Municípios como Jussara, Nova Crixás, Britânia e Santa Fé de Goiás enfrentam frequentes instabilidades no fornecimento de energia. “Temos empresários interessados em abrir frigoríficos, pivôs, fábricas e indústrias, mas sempre esbarram na mesma barreira: a energia. Isso precisa mudar”, reforçou o deputado federal José Nelto, que destacou a articulação feita junto ao senador Vanderlan no Congresso para resolver essa situação que perdura há anos.

A mobilização política em torno dessa questão é considerada crucial. “As soluções surgem quando prefeitos, vereadores e parlamentares se unem em torno de uma causa comum e trabalham em busca de soluções. Infelizmente, muitos parlamentares ainda se concentram em ganhar seguidores nas redes sociais, fazendo discursos inflamados e atacando adversários e colegas, mas sem realizar ações práticas”, lamentou Vanderlan.

O encontro contou com a participação de prefeitos de vários municípios do Vale do Araguaia, incluindo Altamiro (Diorama), Ivania (Matrinchã), Maysa (Iporá), Adelson (Crixás), Danilo (Córrego do Ouro), Creonir (Faina), Gabriel (Novo Brasil), Branca (Jussara) e Rodrigo (Nova Crixás). Todos relataram dificuldades semelhantes, como projetos econômicos paralisados, escolas sem a devida infraestrutura elétrica e unidades de saúde operando com geradores.

Para os prefeitos, a reunião representa um marco. “Foi a primeira vez que saí de uma reunião mais tranquilo, com a sensação de que, de fato, um caminho está sendo traçado. Agora, é preciso fazer a nossa parte e acompanhar os prazos”, resumiu um dos participantes.

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