Oito presos de Goiás são transferidos para presídio federal em Rondônia

“São presos envolvidos em grande parte dos homicídios cometidos na capital e imediações”, afirma o diretor-geral adjunto da DGAP

Foi realizada nesta segunda-feira (17/9) a transferência de oito presos do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. As vagas em presídio federal foram solicitadas pela Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) e Secretaria de Segurança Pública (SSP) junto ao Ministério da Justiça, que autorizou a transferência diante de dados apresentados pelos serviços de inteligência das forças policiais e também do Ministério Público goiano.

Para o diretor-geral adjunto da DGAP, tenente-coronel Agnaldo Augusto, a expectativa é de que a transferência desses presos possa gerar estabilidade dentro do sistema penitenciário goiano. “As forças policiais estão atentas com possíveis manifestações diante das mudanças. Os presídios estão sendo monitorados em tempo integral”, adiantou.

Augusto revelou que os serviços de inteligência policial detectaram que os presos envolvidos na operação são faccionados e exerciam poder de comando dentro de associações criminosas. “Mesmo presos, lideravam outros bandidos. A mudança deles inibirá grandes ações relacionadas a tráficos de drogas, assassinatos e roubos cometidos em todo o Estado”, disse.

De acordo com o diretor, o levantamento para a tomar a decisão já estava sendo analisado há cerca de dois meses. “São presos envolvidos em grande parte dos homicídios cometidos na capital e imediações. Tiveram seus históricos de crime minuciosamente analisados e submetidos a avaliação das justiças estadual e federal”, afirmou.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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