Gianni Infantino, presidente da Fifa, enfatizou durante o Congresso da entidade no Paraguai que a luta contra o racismo é uma prioridade global. Ele destacou o trabalho em conjunto com governos e a ONU para criminalizar o racismo em todos os países do mundo. Infantino ressaltou que o racismo não é apenas um problema no futebol, mas sim um crime e, por isso, a Fifa está empenhada em garantir que a luta contra essa prática seja incorporada à legislação criminal de cada nação.
As recentes mudanças aprovadas pelo Conselho da Fifa no Código Disciplinar refletem o compromisso da entidade em endurecer as medidas contra o racismo. Com um novo limite de multa de 5 milhões de francos suíços para casos de racismo, a Fifa ganhou a capacidade de intervir proativamente em situações onde ações insuficientes tenham sido tomadas. Essas medidas visam a promover um ambiente mais inclusivo e respeitoso no futebol e na sociedade como um todo.
O debate sobre o racismo no futebol se intensificou especialmente nos torneios da Conmebol, com casos frequentes de discriminação nas arquibancadas. Clubes do Brasil, onde o racismo já é considerado crime, têm liderado os protestos contra manifestações racistas. O caso do jogador Luighi, do Palmeiras, que foi vítima de ofensas durante uma partida da Libertadores sub-20 em Assunção, despertou a discussão sobre a necessidade de punições mais rigorosas.
A Conmebol também tem buscado combater o racismo no futebol, criando um Grupo de Trabalho liderado por Ronaldo para discutir soluções e medidas de prevenção. A entidade tem agido em resposta a incidentes recentes e trabalha para promover um ambiente esportivo mais inclusivo e diversificado. É fundamental que os órgãos responsáveis adotem políticas e regulamentos mais rigorosos para coibir práticas discriminatórias nos estádios e fora deles.
Além disso, Gianni Infantino ressaltou a importância da Copa do Mundo de 2026, que será realizada no Canadá, EUA e México. O presidente da Fifa assegurou que o evento acolherá todos os torcedores de forma inclusiva, independentemente de sua origem ou nacionalidade. A mensagem de boas-vindas aos fãs de futebol reforça o compromisso com a celebração do esporte, enquanto se combate atitudes discriminatórias e racistas em todas as esferas.
Em um contexto global, onde o racismo ainda é uma realidade em muitas sociedades, a atuação da Fifa e de outras entidades esportivas é fundamental para promover a diversidade e a igualdade. A colaboração com governos e organizações internacionais é essencial para garantir que o combate ao racismo seja eficaz e abrangente. A implementação de medidas mais rígidas e a conscientização sobre a importância do respeito mútuo são passos essenciais para construir um mundo mais justo e inclusivo para todos.