Paratleta cadeirante é vítima de preconceito em Uberlândia: denúncia ao Ministério Público busca por justiça

paratleta-cadeirante-e-vitima-de-preconceito-em-uberlandia3A-denuncia-ao-ministerio-publico-busca-por-justica

Kenned Batista, um paratleta cadeirante de 42 anos, foi vítima de preconceito por parte de um motorista de aplicativo em Uberlândia, MG. Ao solicitar o carro para ir ao treino, Kenned foi deixado para trás quando o motorista acelerou o veículo ao perceber que ele era cadeirante. O paratleta não se calou diante desse ato e registrou a ocorrência, denunciando o caso ao Ministério Público de Minas Gerais, buscando por justiça.

Em um vídeo captado por uma câmera de segurança, é possível ver o momento em que o carro branco para em frente à casa de Kenned. Ao se aproximar da porta dianteira do veículo para conversar com o motorista, o carro arranca de forma brusca, deixando o paratleta para trás. Essa atitude foi classificada por Kenned como preconceito e crime, gerando revolta nas redes sociais.

Em entrevista, Kenned relatou que o motorista estava distraído mexendo no celular quando ele se aproximou do carro. Mesmo ao pedir para sentar no banco da frente e guardar sua cadeira de rodas, o motorista acelerou sem dar explicações. O paratleta se sentiu constrangido e espera que o motorista seja responsabilizado por suas ações, afirmando que o preconceito é crime e deve ser punido.

O Ministério Público de Minas Gerais informou que a denúncia foi registrada e que serão realizadas diligências para apurar o ocorrido e identificar o motorista responsável, visando sua responsabilização. A plataforma de transporte por aplicativo 99, responsável pela corrida, bloqueou o motorista para futuras viagens com Kenned, mostrando suporte imediato ao paratleta diante da situação.

Kenned Batista é conhecido por suas conquistas no paratletismo, sendo o atual campeão brasileiro no lançamento de dardo. Também participando de competições de lançamento de disco e basquete, Kenned se depara com situações de preconceito com certa frequência ao utilizar serviços de transporte por aplicativo, mas considera esse episódio como o mais grave. Ele espera que a justiça seja feita e que o motorista seja punido pelo ato discriminatório.

A atitude do motorista de aplicativo em deixar um passageiro cadeirante para trás ao perceber sua condição física é repudiada e chama atenção para a importância da inclusão e respeito à diversidade. A denúncia feita por Kenned não apenas busca por justiça individual, mas também serve como alerta para a sociedade sobre a necessidade de combater o preconceito em todas as suas formas e garantir a igualdade de direitos a todos os cidadãos.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp