STF concede habeas corpus a bancário envolvido em acidente fatal em São Paulo

stf-concede-habeas-corpus-a-bancario-envolvido-em-acidente-fatal-em-sao-paulo

O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu o habeas corpus para a soltura do bancário Thiago Arruda Campos Rosa, que estava detido por dirigir embriagado e atropelar o cantor de pagode Adalto Mello em São Vicente, no litoral de São Paulo. Thiago aguarda a emissão do alvará de soltura para deixar a Penitenciária II de Tremembé. De acordo com informações obtidas do DE, a expectativa é que a liberação ocorra ainda nesta sexta-feira (16).

Adalto Mello pilotava uma motocicleta quando foi atingido pelo carro conduzido por Thiago Arruda na Avenida Tupiniquins, no bairro Japuí em 29 de dezembro. O motorista foi preso após o teste do bafômetro apontar embriaguez e agora responde por homicídio doloso com dolo eventual. A Justiça de São Vicente marcou uma audiência virtual de instrução para o dia 17 de junho.

O ministro do STF, André Mendonça, concedeu o habeas corpus para Thiago Arruda após a negativa de todas as instâncias anteriores. O bancário, que não tinha antecedentes criminais e comprovou residência fixa, teve a prisão preventiva substituída por medidas cautelares conforme o artigo 319 do Código de Processo Penal.

A defesa de Thiago trabalha para provar que o caso deve ser tratado como homicídio culposo, alegando que o motorista não teve intenção de matar. Um laudo do Instituto de Criminalística apontou que a velocidade em que o bancário dirigia era incompatível com a permitida na via. A audiência de instrução está marcada para 17 de junho.

Adalto Mello, além de cantor de pagode, era compositor e formado em Educação Física. O músico deixou um filho de 10 anos e morava com a mãe em Santos. Segundo sua mãe, Carla Vanessa De Mello Almeida, o filho sempre teve paixão pela música desde a infância e sonhava viver dela.

Thiago Arruda estava com uma taxa de álcool no sangue 2050% acima do permitido por lei. O teste do bafômetro indicou 0,82 mg/l, sendo que o limite aceitável é de 0,04 mg/l. O condutor está sujeito a penas administrativas, multa, suspensão ou cassação da CNH, e até prisão quando há valores acima de 0,34 mg/l.

As imagens do acidente foram capturadas por câmeras de monitoramento e mostram o momento da colisão entre o carro de Thiago e a motocicleta de Adalto, que resultou na morte do cantor de pagode. O Corpo de Bombeiros e o Samu realizaram manobras de ressuscitação no local, mas a morte de Adalto foi confirmada ali.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp