Candidatura de Alda Lúcia (PCO) ao governo de Goiás é impugnada pelo TRE-GO

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) divulgou, nesta terça-feira (18), a lista dos políticos que tiveram candidatura indeferida para as eleições 2018. O número foi 49% menor na eleição deste ano, em comparação com 2014. Ao todo foram 85 registros negados ante 166 impugnações em 2014.

A chapa majoritária do Partido da Causa Operária (PCO) está entre os impugnados. Ao todo, foram impugnadas cinco das sete candidaturas do PCO. A candidata ao governo de Goiás, Alda Lúcia, o vice, José Geraldo, o candidato ao Senado Federal, Alessandro Aquino, e os dois suplentes tiveram os processos indeferidos pela Justiça Eleitoral.⠀

De acordo com o TRE-GO, Alda Lúcia não apresentou documentos que comprovassem a desincompatibilização do cargo de funcionária pública até o prazo final, que era 09 de julho. Uma lei da Justiça Eleitoral, determina que funcionários públicos devem se afastar dos cargos para concorrer ao pleito. No resultado do julgamento da candidatura de Alda Lúcia, o juiz relator, Marcelo Arantes, aponta que não houve, por parte da candidata, prova de desincompatibilização do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), onde é professora.

O vice de Alda, José Geraldo, teve a candidatura indeferida por falta de provas válidas de alfabetização, assim como o primeiro suplente de Alessandro Aquino, Tião da Construção Civil. Aquino, candidato ao Senado, por sua vez, teve a candidatura impugnada por ausência de certidão criminal da Justiça Federal. O segundo suplente, Assis do Sindicato, também por falta de certidões criminais da Justiça Federal e da Justiça Estadual.⠀

Dos sete registros do PCO em Goiás apenas as candidaturas da professora Érika Nunes à deputada federal e Mariana Maia, à deputada estadual, foram deferidas.

No caso do PCB, a vice de Marcelo Lira (PCB), Bruna Venceslau, também foi impedida de concorrer. O Partido já registrou a candidatura de Bernardo Bispo para a vaga de Bruna e agora espera pelo julgamento do TRE.

Segundo informações do site Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais, mantido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), três registros foram recusados por ausência de requisitos de registro. Entre eles estão dois do PCO e um do PCB.

Além destas impugnações, o TRE-GO indeferiu ainda, 60 registros de candidaturas para deputados estaduais e 14 de deputados federais.

Dos 85 casos, 47 não cabem recurso. Há outros sete indeferimentos em que os candidatos já apresentaram recursos e podem seguir em campanha, até que o julgamento final seja feito.

 

Candidaturas ao governo de Goiás em 2018. / Imagem: Site TRE-GO / Redação D.E.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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