Pessoas ligadas a políticos são alvo da Lava Jato em Pernambuco e na Bahia

Nova fase da Operação Lava Jato, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e deflagrada hoje (21) pela Polícia Federal (PF), cumpre mandados de busca e apreensão em endereços – em Pernambuco e na Bahia – de pessoas ligadas a políticos – entre eles, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDF-CE), e o líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE).

Em comunicado “a propósito das buscas e apreensões realizadas hoje e supostamente decorrentes de delações premiadas”, Eunício Oliveira informou que, no ano de 2014, durante o processo eleitoral, autorizou que fossem solicitadas doações, na forma da lei, para a sua campanha ao governo do Ceará. Ainda segundo ele, o pedido de abertura de inquéritos no STF, destinados a apurar versões de delatores, “cujos conteúdos desconhece, é o caminho natural do rito processual”.

O senador Humberto Costa informou, também por meio de nota, que a PF já solicitou o arquivamento do inquérito aberto no STF por não encontrar qualquer evidência de irregularidade ao longo de dois anos de investigação. O parlamentar garantiu ainda contribuir com as autoridades em todos os esforços necessários à elucidação dos fatos.

“[O senador está certo de que] A ação de hoje vai corroborar a apuração realizada até agora, que aponta para o teor infundado da acusação e da inexistência de qualquer elemento que desabone a sua vida pública”, destacou o comunicado.

Fonte: Agência Brasil

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos