‘O Solucionador’: dono de empresa interditada por suspeita de estelionato permanece foragido, diz polícia
Uma empresa que oferecia serviços de renegociação de dívidas bancárias, conhecida como DE Solucionador, teve suas atividades interditadas e fechadas pela polícia por suspeita de estelionato e de cometer crimes contra consumidores. O sócio-proprietário da empresa, Guilherme Maes Cardoso Leme, encontra-se foragido, de acordo com informações divulgadas pela Polícia Civil (PC-PR).
A operação policial resultou no fechamento de duas unidades da empresa localizadas em Curitiba. Segundo a investigação, a DE Solucionador não estava cumprindo os contratos estabelecidos com os clientes e estava induzindo-os a cometer erros. Até o momento, não houve um pronunciamento por parte da defesa da empresa e do seu sócio-proprietário.
A polícia, representada pelo delegado Cássio Conceição, afirmou que a empresa divulgava propagandas prometendo a redução de juros e dívidas bancárias, especialmente relacionadas a financiamentos de veículos. Porém, na prática, os clientes não obtinham os resultados prometidos e muitos deles enfrentavam dificuldades para obter respostas da DE Solucionador.
Os comerciais veiculados pela empresa levavam os consumidores a acreditar que poderiam diminuir o valor das parcelas bancárias ao contratarem os serviços da DE Solucionador. Contudo, a investigação policial apontou que essa promessa não era cumprida, resultando em prejuízos financeiros para os clientes da empresa.
O caso veio à tona a partir de denúncias recebidas pelo Procon de São José dos Pinhais em 2023. Após a contratação dos serviços da empresa, os consumidores eram orientados a deixar de pagar boletos de financiamentos e, até mesmo, a esconder veículos dos bancos da Justiça. A operação policial realizada na última segunda-feira interditou a empresa e novas multas serão aplicadas.
As unidades da DE Solucionador em Guarapuava, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo não foram afetadas pela operação policial em Curitiba. O superintendente do Procon de São José dos Pinhais, Jaiderson Rivarola, orienta que clientes das outras unidades que se sentiram prejudicados procurem os órgãos competentes para fazer as denúncias necessárias. A prioridade é garantir que os direitos dos consumidores sejam respeitados e que a empresa responda pelas suas práticas comerciais questionáveis.