Três dias após o incêndio que destruiu um restaurante na Rua Dom Viçoso, no Bairro Alto dos Passos, em Juiz de Fora, o Diário do Estado esteve no local fazendo nova vistoria. A visita estava programada para este sábado (17), respeitando o prazo para resfriamento completo da estrutura.

Conforme a equipe de engenharia do Diário do Estado, foram encontradas novas trincas na edificação, mas em um cenário comum após o resfriamento da área afetada. Mesmo assim, o imóvel permanecerá interditado. A previsão é de que os proprietários sejam notificados sobre as medidas que precisam executar, como a implantação de equipamentos de proteção em sua divisa, remoção de elementos que podem se desprender (calhas), escoramento da estrutura interna da edificação e posterior reparo em toda a edificação.

Uma loja ao lado, vazia, disponível para locação, também seguirá interditada, por prevenção.

Na quinta-feira (15), o Corpo de Bombeiros informou que o restaurante não tem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento que atesta que um estabelecimento ou edificação atende às condições mínimas de segurança contra incêndio e pânico, conforme as normas da legislação local. O proprietário do estabelecimento, Nelson Dias, não detalhou sobre o AVCB, mas informou que, “no momento do incidente, toda a documentação e licenças exigidas pelo poder público para o pleno e regular funcionamento de suas atividades”.

O empresário não soube estipular o valor do prejuízo, mas disse que o restaurante tinha seguro. O estabelecimento estava fechado na hora do incêndio, e ninguém ficou ferido.

O fogo começou no início da manhã da quarta-feira (14), atingiu toda a parte interna do estabelecimento e foi controlado após 2 horas de trabalho do Corpo de Bombeiros. A perícia foi realizada na tarde de quarta-feira, e as causas do incêndio ainda serão apuradas. A suspeita é de que o incêndio tenha sido provocado por um curto-circuito. No entanto, é necessário aguardar o laudo da perícia técnica para confirmação. A Polícia Civil investiga o caso.

No momento do incêndio, as ruas no entorno do restaurante foram bloqueadas. As vias foram liberadas, e os agentes recolheram as sinalizações. Cerca de 400 pessoas também ficaram sem energia, mas a situação já foi normalizada. Também houve comprometimento no serviço de internet e telefonia do entorno.