Nove unidades de saúde municipais precisam suspender o atendimento por dia por causa da violência no Rio. O protocolo de segurança é adotado sempre que há tiroteios, invasões de criminosos rivais ou operações policiais com possibilidade de confrontos. Em Marechal Hermes, uma Clínica da Família teve que fechar as portas devido ao tráfico de drogas nas proximidades da unidade de saúde.

Um levantamento da Secretaria de Saúde revela que no primeiro trimestre do ano, 9 clínicas da família e centros municipais suspendiam o atendimento diariamente devido à violência, totalizando 853 vezes de portas fechadas em 90 dias. O principal objetivo do protocolo de segurança é garantir a proteção dos funcionários e pacientes em meio a situações de conflito.

Em resposta à crise, medidas como redução de horário de funcionamento e fechamento por tempo indeterminado de unidades são adotadas. Na Vila Kennedy, uma unidade precisou encurtar seu expediente, encerrando uma hora mais cedo, enquanto em Marechal Hermes, uma clínica precisou suspender suas atividades devido à proximidade do tráfico.

Diante do cenário preocupante, o Secretário de Saúde enfatiza a perda de território para a violência, tornando a situação ainda mais alarmante. Segundo Daniel Soranz, a proteção dos profissionais de saúde deveria ser assegurada mesmo em contextos de guerra, o que infelizmente não é o caso no Rio de Janeiro.

A deterioração da segurança nas proximidades das unidades de saúde é um reflexo da crescente violência na região, impactando diretamente a oferta de serviços de saúde. A prefeitura enfrenta desafios contínuos para garantir atendimento de qualidade em meio ao clima de insegurança, demonstrando a gravidade da situação enfrentada pelos profissionais de saúde e pela população carioca.