Polícia prende agiota colombiano que ameaçava vítimas de ser mortas por guerrilheiros de seu país

A 23ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Goiânia prendeu, um indivíduo que praticava agiotagem e ameaçava as vítimas afirmando pertencer a grupo mafioso colombiano. Andréas Osório Agudelo, de nacionalidade colombiana, foi preso em frente ao Banana Shopping, na Região Central de Goiânia. Ele cobrava R$ 600 por dia de uma vítima, em pagamento a um empréstimo de R$ 1,4 mil feito a ele.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Érica Botrel, Andréas ameaçava as vítimas ao argumentar que, caso não pagassem a dívida diariamente, ele acionaria membros de grupos de guerrilheiros colombianos com experiência na prática de assassinatos.

No momento do empréstimo, o autor pedia cópias dos documentos pessoais e de comprovante de endereço das vítimas, e utilizava-os posteriormente, afirmando que tinha formas de repassar tais dados aos supostos guerrilheiros. Para organizar os pagamentos extorsivos, ele utilizava fichas de registro, as quais foram apreendidas pela Polícia Civil, além da quantia de R$ 400 em dinheiro.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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