O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, protocolou nesta segunda-feira, 19, no Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição em que desiste do recurso que buscava reverter sua saída do comando da entidade. Ele também declarou que não pretende mais participar de futuras eleições para a presidência da CBF.
A decisão de Ednaldo representa um afastamento definitivo da disputa pelo controle da confederação. Na manifestação, ele apresenta uma defesa de sua gestão à frente da CBF, destacando avanços como o aumento de receitas, a contratação do técnico Carlo Ancelotti e a renovação do contrato com a Nike — considerado o maior acordo já firmado por uma federação com uma fornecedora de material esportivo.
“Durante sua administração, a entidade alcançou receitas superiores a R$ 1,5 bilhão e um caixa de R$ 2,6 bilhões ao final do terceiro ano de gestão”, cita o texto encaminhado ao STF. Ele também menciona a consolidação financeira da confederação e melhorias na governança como conquistas de sua gestão.
Ednaldo argumenta que sua retirada visa contribuir para a estabilidade institucional da CBF, que vem enfrentando uma série de disputas judiciais nas últimas semanas. Segundo ele, essas ações têm colocado em risco o calendário esportivo nacional e internacional e a credibilidade da entidade.
Na petição, o ex-dirigente afirma que deseja preservar sua vida pessoal diante do que chamou de “ataques orquestrados” por grupos contrários à sua administração. Ele classifica essas ofensivas como injustas, maldosas e motivadas pela insatisfação de setores que, segundo ele, resistem à transparência e à modernização da gestão da CBF.
“Movido pelo profundo desejo de restaurar a paz no futebol brasileiro e a serenidade de sua própria vida familiar”, Ednaldo solicitou que o STF desconsidere os pedidos anteriores em que impugnava a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro — decisão essa que resultou em seu afastamento da presidência da entidade.