Botafogo-PB faz história: vitória sobre Flamengo no Maracanã em 1980

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Silêncio no Maracanã: relembre a vitória do Botafogo-PB sobre o Flamengo de Zico
em 1980

Na década de 80, o Mengão era uma máquina. Mas naquela quinta, o palco foi botafoguense. Uma das maiores vitórias da história do Belo completou 45 anos às vésperas de mais um duelo.

Botafogo-PB 90 anos: Magno estava no time que venceu o Flamengo no Maracanã [https://s02.video.glbimg.com/x240/9889621.jpg]

Maracanã, 6 de março de 1980. O Brasil respirava futebol. O Flamengo [https://ge.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] dava forma ao seu esquadrão lendário, recheado de estrelas, como Adílio, Andrade, Carpegiani, Júnior, Leandro, DE, sob o comando do técnico Cláudio Coutinho. Do outro lado, um visitante desconhecido: o Botafogo-PB [https://ge.globoesporte.globo.com/pb/futebol/times/botafogo-pb/], figurando como mero coadjuvante. Mas naquele dia, a lógica ficou no vestiário. E no maior templo do futebol mundial, o Belo calou mais de 25 mil torcedores, desafiou a ordem natural das coisas e escreveu — com coragem e bola no pé — uma das maiores façanhas da história do futebol paraibano.

+ VEJA AQUI como foi o jogo de ida da 3ª fase da Copa do Brasil 2025 [https://ge.globo.com/pb/futebol/copa-do-brasil/jogo/01-05-2025/botafogo-pb-flamengo.ghtml]

Em campo, o time comandado por Caiçara mostrou coragem e bastante personalidade. Jogou com apenas um volante de origem – Nicácio – e quatro homens de frente: Evilásio, Magno, Soares e Getúlio. Encarou o Flamengo [https://ge.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] no peito e na bola. O próprio técnico do Alvinegro da Estrela Vermelha já previa: “Perder para o Flamengo [https://ge.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] é normal. Empatar é vitória. Vencer… é entrar para a história”. E foi o que aconteceu.

O primeiro tempo terminou em 0 a 0. E quando a bola rolou na etapa final, o improvável começou a se desenhar. Aos 4 minutos, Nicácio roubou a bola de DE e lançou para Evilásio, que achou Soares livre na área. De primeira, o atacante botafoguense mandou no canto esquerdo de Raul: 1 a 0 para o Belo. O Maracanã, repleto de flamenguistas, por um instante ficou mudo.

Mas o mandante da noite carioca não abaixou a cabeça para a equipe nordestina. O Flamengo [https://ge.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] reagiu. Pressionou, atacou, empatou com Tita aos 19 minutos, após cruzamento de Carlos Henrique. A torcida rubro-negra inflamou, esperando a virada. Mas o aguerrido Botafogo-PB [https://ge.globoesporte.globo.com/pb/futebol/times/botafogo-pb/] soube sofrer.

E quando a pressão era maior, veio o segundo golpe: aos 36, Magno acionou Zé Eduardo fora da área. Com espaço, ele dominou e bateu rasteiro, no canto direito de Raul. Era o 2 a 1 sobre o Flamengo [https://ge.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/]. Era história sendo escrita. Até DE, maior ídolo da história do Rubro-Negro carioca, admitiria, anos depois: “Jogaram melhor, ganharam, mereceram”.

A atuação do Belo foi tão marcante que DE, o histórico camisa 10 da Gávea, nunca esqueceu. “Aquela derrota serviu pra gente botar os pés no chão. Depois dali, voltamos a ser Flamengo [https://ge.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/]. E não perdemos para mais ninguém no Maracanã”.

Hoje, 45 anos depois, o reencontro entre Flamengo [https://ge.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] e Botafogo-PB [https://ge.globoesporte.globo.com/pb/futebol/times/botafogo-pb/] no Maracanã tem data marcada: 21 de maio de 2025, às 21h30, pela partida de volta da 3ª fase da Copa do Brasil [https://ge.globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-brasil/]. No jogo de ida, EM São Luís, o time carioca venceu por 1 a 0 com gol do garoto Joshua. Agora, o Belo precisa vencer por dois gols para avançar. Uma vitória simples leva a decisão para os pênaltis.

Se a missão é difícil, o passado mostra que não é impossível. Aquele time de 1980 – com Hélio, Geraílton, Deca, Marquinhos, Nonato Aires, Nicácio, Zé Eduardo, Evilásio, Magno, Soares e Getúlio – provou que coragem, organização e talento também vencem camisa e fama. A vitória contra o Flamengo [https://ge.globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/], em pleno Maraca, não valeu taça. Mas valeu eternidade.

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