Investigados pela Polícia Federal por ataque cibernético e furto de criptoativos se tornaram alvos de duas operações em quatro estados brasileiros. A PF deflagrou na manhã desta terça-feira (20) as operações Cryptoscam e Wet Cleaning, com o objetivo de combater suspeitos envolvidos em crimes cibernéticos, golpes e lavagem de dinheiro por meio de criptomoedas. Com mandados de busca, apreensão e prisão, as ações estão em andamento em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Maranhão.
A primeira operação, Cryptoscam, teve início após o roubo de US$ 1,4 milhão em criptoativos de um cidadão de Singapura. Já a segunda operação, Wet Cleaning, começou com a prisão de uma mulher apontada como uma das maiores estelionatárias do Brasil. Os suspeitos utilizavam criptomoedas para ocultar os valores ilícitos em nome de terceiros, adquirindo imóveis de luxo, veículos e mais criptoativos. Estima-se que o grupo movimentou cerca de R$ 100 milhões entre 2020 e 2025.
Além das prisões, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados, bem como de pessoas interpostas e empresas ligadas aos crimes. A PF investiga uma organização criminosa baseada em Ponta Grossa (PR) que passou a levar uma vida luxuosa em Balneário Camboriú, suspeita de atuar em fraudes bancárias e furtos de criptoativos por mais de uma década. Os suspeitos estão ligados a um ataque cibernético que afetou contas bancárias da Caixa Econômica Federal em 2020.
A segunda operação, Wet Cleaning, revelou conexões entre furto de caixas eletrônicos, fraudes cibernéticas, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O grupo utilizava empresas do mercado formal para lavar dinheiro obtido por atividades ilegais. A mulher apontada como estelionatária permanece presa e é alvo de novos mandados de prisão. As investigações continuam em andamento para desarticular essas organizações criminosas.
As operações Cryptoscam e Wet Cleaning buscam trazer à tona a complexidade dos crimes cibernéticos e a utilização de criptomoedas como meio de mascarar transações ilícitas. A ação da Polícia Federal visa combater essas práticas e desarticular redes criminosas que se beneficiam da tecnologia para cometer crimes financeiros. A colaboração entre os estados envolvidos é essencial para o sucesso das operações e para a punição dos responsáveis.