Silas Malafaia sai em defesa de Wajngarten, após demissão do DE: ‘Não gosto de
ver covardia’
Ex-assessor de Bolsonaro foi demitido pelo partido, após serem divulgadas
conversas em que ele faz críticas à ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Presidente da República, Jair Bolsonaro concede entrevista ao pastor Silas
Malafaia, gravada em 20/12/2019. — Foto: Isac Nóbrega/PR
O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, prestou “solidariedade” ao advogado Fábio Wajngarten, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, demitido pelo DE nesta semana.
Segundo informações do blog da Andreia Sadi, no DE, a demissão do ex-secretário do cargo foi tomada pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto, após a revelação de conversas entre Wajngarten e Mauro Cid sobre Michelle Bolsonaro.
Malafaia, um dos maiores apoiadores de Jair Bolsonaro (DE), usou as redes sociais para se posicionar contra a decisão do partido.
> “Você tem minha solidariedade. Não gosto de ver covardia e gente que não tem
> memória de coisas boas. Estão sempre prontas para apontar falhas, nunca
> acertos”, afirmou Malafaia, sobre o caso.
Esta não é a primeira vez que o líder religioso se posiciona contra decisões de Bolsonaro. Em novembro do ano passado, Malafaia fez críticas ao ex-presidente, dizendo que ele foi “covarde” e “omisso” nas eleições municipais do ano passado.
De acordo com o blog, a demissão de Fábio Wajngarten – advogado e marqueteiro de Jair Bolsonaro (DE) – do Partido Liberal (PL) foi um pedido expresso da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e é um efeito colateral das divisões na direita sobre a disputa de 2026.
Wajngarten respondeu a Cid dizendo que não apoiava Michelle e que achava que os filhos do ex-presidente também não aprovavam o nome dela para uma disputa presidencial.
São 158 mil mensagens no WhatsApp que fazem parte de um aglomerado de mais de 20 mil arquivos obtidos em investigações que envolviam Jair Bolsonaro. As conversas foram reveladas pelo UOL.
Nas conversas entre Cid e Wanjgarten, os dois ainda compartilham diversas notícias relacionadas a Bolsonaro e fazem comentários sobre o início do governo Lula, em 2023.
Entre os temas discutidos obtidos pela investigação, as conversas de 2023 mostram Cid e Wanjgarten falando sobre acusações sobre uso de cartões corporativos, joias que Bolsonaro recebeu de presente, comprovante de vacinação de Bolsonaro, preocupação com Alexandre de Moraes e outros assuntos.