Unifor e colégio Master impulsionam cearenses na Olimpíada Internacional de Química

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Com apoio da Unifor, cearenses são destaque na Olimpíada Internacional de
Química

Parceria com o colégio Master oferece estrutura de ponta para alunos que
disputam competições científicas. Três estudantes conquistaram medalha de bronze
na IMChO 2025

A preparação nos laboratórios da Unifor foi fundamental para o desempenho
dos estudantes na olimpíada — Foto: Duda Barroso

Três jovens talentos do colégio Master — Vinicius Queiroz, Ian Barreto e Paulo
Vinícius de Azevedo — conquistaram medalha de bronze na 59ª edição da Olimpíada
Internacional de Química Mendeleev (IMChO), considerada uma das mais difíceis do
mundo.

A competição reuniu cerca de 200 estudantes do ensino médio de 40 países e foi
realizada pela primeira vez no Brasil, na Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG). Os três fazem parte do grupo de sete medalhistas cearenses entre os oito
brasileiros premiados na edição de 2025.

Além da dedicação e talento dos alunos, uma importante engrenagem dessa
conquista é a parceria entre o Master e a Universidade de Fortaleza, da Fundação
Edson Queiroz. Uma vez por semana, às
terças-feiras, os alunos utilizam os laboratórios da graduação em Farmácia para
se preparar experimentalmente para as olimpíadas.

Os espaços utilizados incluem o Laboratório de Extratos Vegetais e Enzimas e o
Laboratório de Farmacognosia, equipados com infraestrutura de padrão
universitário.

A professora de Química e tutora dos alunos, Bruna Rocha, explica que o percurso
até a fase internacional da olimpíada é longo e rigoroso, passando por diversas
etapas teóricas e culminando em uma prova prática:

“Eles são cobrados de conteúdos que só se vê na graduação. Então, precisamos de
um local com aparato de universidade. Ter acesso antecipado a esses laboratórios
da Unifor fez toda a diferença para chegarem preparados”, afirma.

Já Hermes Fernandes, professor da graduação em Farmácia da Unifor e mediador da
parceria, destaca que o contato com a estrutura da universidade prepara os
alunos para o padrão internacional das competições:

“Eles encontram aqui um ambiente muito próximo do que verão lá fora. Além do
conhecimento teórico, há o desenvolvimento de habilidades procedimentais: como
manusear equipamentos, reconhecer técnicas, aplicar protocolos. Isso garante a
eles um destaque ainda maior nas competições”, explica.

O medalhista Vinicius Queiroz, de 17 anos, sonha em cursar Engenharia da
Computação. Para ele, a experiência nos laboratórios da Unifor foi essencial:

O medalhista Vinicius Queiroz, de 17 anos — Foto: Duda Barroso

> “Às vezes a prova teórica é muito difícil, e a experimental é o que acaba
> elevando a nota. Aqui na Unifor a estrutura é muito parecida com a que
> encontramos na prova. Essa preparação é fundamental”, pontua.

Ian Barreto, medalhista de 18 anos que cogita seguir Engenharia Mecânica ou da
Computação, também enxerga na experiência prática um diferencial competitivo:

Ian Barreto, medalhista de 18 anos — Foto: Duda Barroso

> “É na prova experimental que normalmente os brasileiros se destacam mais. Ter
> essa vivência com bons reagentes e bons equipamentos dá mais tranquilidade e
> confiança na hora da prova”, diz.

Já João Marcelo Alves, 16 anos, aluno do segundo ano e também integrante da
equipe olímpica, está iniciando os treinos práticos na Unifor e compartilha o
impacto da experiência:

João Marcelo Alves, 16 anos — Foto: Duda Barroso

> “Aqui a gente aprende como proceder na hora da prova. Muitas vezes, lá fora
> eles dizem o que tem que fazer, mas não como. A vivência aqui nos ajuda a
> entender o processo, o que aumenta muito nosso desempenho”, comenta.

A conquista dos estudantes reforça a excelência do ensino cearense e o poder
transformador das parcerias entre escolas e universidades. A Unifor, ao abrir
suas portas e oferecer seus espaços de prática, amplia o alcance da educação
científica de ponta e reafirma seu compromisso com o desenvolvimento de jovens
talentos.

“Essa experiência que os alunos vivenciam aqui, de se ambientar com um
laboratório real e ter um treinamento de alto nível, é o que os prepara
verdadeiramente para competir com os melhores do mundo”, conclui Hermes
Fernandes.

A Olimpíada Internacional Mendeleev de Química é uma das mais prestigiadas do
mundo. Em 2025, ela foi sediada pela UFMG, em Belo Horizonte, e marcou a estreia
de delegações latino-americanas como Bolívia, México e Venezuela. Dos 15
brasileiros participantes, 10 eram cearenses, responsáveis por sete das oito
medalhas brasileiras.

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