Tios-avós resgatam bebê deixado como garantia em boca de fumo em Sarandi e buscam guarda definitiva, em meio a investigação policial

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Bebê deixado em boca de fumo como garantia de pagamento de dívida agora está sendo cuidado pelos tios-avós, que o resgataram e decidiram tomar a guarda definitiva do menino. Em uma entrevista à RPC, o tio-avô relatou que a criança foi entregue fragilizada, com um machucado na orelha, e que a situação ocorreu devido aos pais do bebê, usuários de droga, deixando-o com traficantes de Sarandi, no Paraná, onde moram.

O tio-avô, de 56 anos, afirmou que, apesar das dificuldades financeiras, não hesitou em ficar com a criança quando soube do ocorrido. Ele e a esposa, que trabalha na área de limpeza, estão priorizando as despesas com o bebê, recebendo auxílio-saúde e contando com o apoio da família para cuidar do menino. A identidade do homem foi preservada pelo DE e pela RPC.

Com planos de ter a guarda definitiva do sobrinho, o tio-avô pretende assegurar o bem-estar e a estabilidade do menino em meio a tantas adversidades. Após ter sido afastado de seu trabalho como motorista de caminhão devido a um AVC, a renda familiar é composta principalmente pelo auxílio-saúde e pelas diárias da esposa. Apesar dos desafios, a família está disposta a oferecer muito amor e carinho ao bebê resgatado.

O Conselho Tutelar de Sarandi tem acompanhado o caso e elaborado um termo de responsabilidade para que os tios-avós tenham a guarda provisória do bebê. A Vara da Infância e do Adolescente foi informada para dar início ao processo de decidir quem terá a guarda definitiva da criança. Enquanto isso, a família se mantém unida na tentativa de proporcionar um ambiente saudável e afetuoso para o menino.

Em uma reviravolta impressionante, os tios-avós da criança comunicaram ao Conselho Tutelar que o bebê foi deixado com traficantes devido a uma dívida de cerca de R$ 150. Apesar das dificuldades iniciais em retirar a criança da posse dos traficantes, a família conseguiu resgatá-lo, pagando a dívida à força. Os pais do bebê, usuários de droga, poderão responder por abandono de incapaz, segundo o delegado Adriano Garcia, que abriu um inquérito para investigar o caso.

O delegado apontou que também serão investigados os crimes de sequestro e venda de drogas, dado o cenário lamentável de dependência a ponto de colocar a vida de uma criança em risco. Enquanto a família luta para garantir a guarda definitiva do bebê, as autoridades buscam responsabilizar os responsáveis por tal violação de direitos. A história, embora triste, revela um desfecho esperançoso com o amor e dedicação familiar pela vida da criança resgatada.

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