Campanha: Gastos com voos dos candidatos ultrapassam R$11 mi

No primeiro mês de campanha nas eleições 2018, os candidatos já gastaram cerca de R$ 11,7 milhões com deslocamento. O valor, que é quase 15 vezes maior que o gasto com passagens aéreas inclui jatinhos, helicópteros, despesas com combustível e tripulantes.

O levantamento foi feito pelo Estado com base em valores oficiais informados pela campanhas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A reportagem considerou dados de candidatos a presidente, senador, governador e deputado federal, estadual e distrital. Nem todo o montante foi quitado pelas campanhas.

Entre os presidenciáveis, Geraldo Alckmin foi o que mais contratou empresas de táxi aéreo para seus deslocamentos pelo País. Atualmente, ele já informou à Justiça Eleitoral despesas que somam R$ 2,083 milhões com jatinhos fretados junto às empresas Icon Táxi Aéreo e Líder Táxi Aéreo.

O senador paranaense Alvaro Dias, candidato do Podemos ao Palácio do Planalto, gastou R$ 1 milhão na contratação de jatinhos da Sete Táxi Aéreo. Também registraram gastos com jatinhos os presidenciáveis do PDT, Ciro Gomes (R$ 285 mil), do Novo, João Amoêdo (R$ 139 mil) e do MDB, Henrique Meirelles (R$ 58,8 mil).

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja candidatura foi indeferida com base na Lei da Ficha Limpa por causa da condenação na Lava Jato, informou gastos de R$ 161 mil com locação de aeronaves. Todos gastaram mais com jatinhos do que com passagens.

O candidato que mais gastou com passagens aéreas de voos de carreira foi Guilherme Boulos (PSOL). Ele informou ter contratado R$ 218 mil em bilhetes para ele e a equipe de campanha, pagos à agência de viagens Nix Travel, que costuma prestar serviços também ao PT. (Com informações de Estadão)

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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