De registra 1.159 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave só em 2025; cobertura vacinal está baixa no estado
Os idosos e as crianças são as principais vítimas da doença, e a baixa procura pela vacinação tem contribuído para o avanço da SRAG.
Maranhão registra mais de 1.150 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave
O Maranhão já registrou 1.159 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) só neste ano, sendo mais de 737 casos em São Luís, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. Os idosos e as crianças são as principais vítimas da doença, e a baixa procura pela vacinação tem contribuído para o avanço da SRAG.
Segundo a Prefeitura de São Luís, na rede municipal de saúde há 345 pacientes internados ou em acompanhamento médico por conta da doença. O Hospital da Criança, considerado referência no atendimento a criança com sintomas gripais mais graves, está lotado.
Para conter o que especialistas classificam como epidemia, no Maranhão houve a ampliação de leitos nos três principais hospitais públicos da rede estadual de saúde, que funcionam em São Luís. Foi também reforçado o efetivo médico em UPAs e outras unidades de triagem, além de campanhas de vacinação por toda a cidade.
Segundo o médico infectologista Antônio Augusto, os picos de SRAG são registrados de forma sazonal, principalmente entre os meses de março e maio, justamente o período de chuvas mais intensas no estado. Para ele, a alta de casos esta relacionada a vacinação tardia da população que, mesmo com as vacinas disponíveis, não procurou se imunizar com antecedência.
Entre os grupos de risco estão, principalmente, idosos e crianças. Nas cidades de Poção de Pedras e Esperantinópolis as aulas na rede pública foram suspensas, como forma de conter o avanço da doença. Em Lago da Pedra, as visitas hospitalares foram canceladas. Essas três cidades vão receber equipes da vigilância sanitária, que vai investigar os surtos.