Após mais de uma década de fechamento e sucessivos atrasos nas obras, equipamento público do Centro de Convivência da metrópole deve ser entregue em julho. Fechado há 14 anos e com sucessivos atrasos na obra ao longo da década, o Centro de Convivência Cultural de Campinas (SP) chegou à reta final da reforma para ser entregue em julho deste ano. O DE visitou o lugar nesta sexta-feira (23) e mostra as tecnologias instaladas no teatro, além das novidades da área interna.
Com investimento de R$ 38,9 milhões, a reforma vai garantir mais automatização dos sistemas de som, imagem e iluminação – o que deve garantir melhor experiência ao público durante as peças que serão encenadas. O Centro de Convivência, interditado desde 2011 por problemas estruturais, contará com comunicação entre camarins, palco e mesa de controle, cabine de audiodescrição e maquinaria cênica totalmente motorizada. Confira abaixo.
A segunda fase da reforma do Centro teve início em maio de 2024. Esta etapa inclui as novas instalações e automação da luminotécnica de toda a área do complexo, a iluminação cênica, áudio e vídeo e a cenotecnia. Entre outros serviços executados na segunda etapa da reforma estão a estrutura do piso do palco e fosso da orquestra, estrutura metálica da passarela técnica e urdimento. “Isso vai permitir muito mais produções sem exigir que esses produtores tragam equipamentos de fora”, explica Claudio Orlandi, engenheiro responsável pela obra.
Segundo a prefeitura, apenas o urdimento, usado para a construção de cenários, por exemplo, custou cerca de R$ 15 milhões. Essa estrutura inclui varas fixadas no teto do palco do teatro com motores para que tenham a altura regulada, além de iluminação, dimmers e equipamentos necessários para a automação. “A integração entre camarins, palco e mesa de controle, o público não vê. Mas quem usa o teatro vai ser muito beneficiado. O público vai ver tudo isso em termos de iluminação e sonorização, e isso muda toda a experiência dos usuários”, diz Orlandi.
A entrega da 2ª fase da reforma do teatro, que, se cumprida, encerrará um impasse de 14 anos com um dos maiores equipamentos culturais da metrópole sem uso, teve um atraso de dois meses – a última previsão do Executivo era para maio. Por que atrasou? Segundo a prefeitura, o adiamento aconteceu por conta de materiais que precisavam de importação, além de mão-de-obra. Desde 2011, a licitação para a reforma sofreu uma série de contestações e atrasos, até ser finalmente lançada em outubro de 2020.
A segunda fase, que custou 38,9 milhões, contemplou instalação dos equipamentos necessários para funcionamento do espaço, como estrutura de som, vídeo e iluminação. A prefeitura afirmou que, no fim de junho, vai iniciar o teste de todos os equipamentos e peças que foram instalados no local. Com a reforma, o Centro se transforma em um teatro de ponta. “Não só do ponto de vista da experiência do público, mas também operacional de quem vai vir trabalhar. A expectativa é ter todo o cenário nacional aqui”, disse a secretária de Cultura e Turismo, Alexandra Capriolli.
Inaugurado em 9 de setembro de 1976, o Centro de Convivência Cultural foi projetado pelo arquiteto Fábio Penteado. O complexo tem 6 mil m² de área, sendo 4 mil m² de área externa, onde fica o Teatro de Arena com capacidade para 3 mil pessoas. Na área interna, que tem 2 mil m², há saguão, 6 salas (de espetáculo, de ensaio, técnica e administrativas), teatro com 500 lugares, 4 galerias e 10 camarins. Há banheiros masculino e feminino e PCD no espaço do café, no teatro, na praça e nas áreas administrativas.