Jovem que sangra pelo nariz, boca, ouvidos e olhos passa a ‘suar sangue’ e busca tratamento no Nordeste
Mãe alega que Thamirys Soares Siqueira, de 20 anos, passou a sangrar pelos poros da cabeça. A família mora em Santos (SP), mas desistiu de buscar diagnóstico na cidade após diversas internações.
Jovem que sangrava pelo nariz, boca, ouvidos e olhos tem novos pontos de sangramentos
Thamirys Soares Siqueira, a jovem de 20 anos que sangra pelo nariz, boca, ouvidos e olhos, passou a ‘suar sangue’ pelos poros da cabeça. As informações são da mãe dela, a diarista Maria Ocilene Soares Vieira.
Segundo a mãe, a família está há aproximadamente sete anos sem um diagnóstico e por isso desistiu do atendimento médico em Santos, no litoral de São Paulo, buscando agora por profissionais do Piauí que se “interessaram” pelo caso.
Ao DE, Maria Ocilene disse que os sangramentos de Thamirys costumam ser acompanhados de dores na cabeça e, em alguns casos, até desmaios. De acordo com ela, a jovem começou a sangrar pelos poros da testa em março deste ano.
“Sai como se fosse um suor, só que o suor é pouco e o sangue é muito. A gente não sabe mais por onde que pode vir, porque se já vem pela testa, pode vir por qualquer outro lugar do corpo, pela pele. Então é bem complicada e sofrida a nossa situação”, acrescentou.
A diarista mora com a filha em Santos, mas desistiu de buscar um diagnóstico na cidade após diversas internações. De acordo com a mãe, Thamirys nunca passou por acompanhamento ambulatorial na cidade do litoral paulista, apenas emergencial.
“Todas as vezes que ela sangra, eles dão um remédio que dizem que é para cortar o sangramento, só que não corta. Quando ela está com muita dor, eles dão remédios para dor. É só isso que eles fazem com minha filha dentro de Santos”, disse a diarista.
Segundo a família, Thamirys Soares Siqueira sangra involuntariamente há sete anos.
Apesar disso, uma nova esperança para tratar os problemas de Thamirys surgiu em janeiro, durante uma viagem da família ao Piauí. Maria contou que possui familiares no estado e fazia uma visita quando a filha teve uma crise e precisou de atendimento médico público.
A família retornou para a Baixada Santista após o período de férias no Nordeste. No entanto, Maria Ocilene fez questão de voltar com a filha para o atendimento dos especialistas em Teresina (PI) em abril. Os profissionais solicitaram uma bateria de exames para confirmar o diagnóstico suspeito. De acordo com a diarista, alguns já foram marcados, mas outros demoram.
A mãe contou ao DE que quer agilizar o processo dos exames para que a filha continue com o acompanhamento médico no Nordeste. Por isso, ela criou uma arrecadação virtual para juntar dinheiro e pagar por exames particulares, além das despesas das viagens.
Maria disse que alguns exames até poderiam ser feitos em Santos, mas já teve problemas com os resultados de alguns e, por isso, que seguir com o atendimento no Nordeste.
“Quero que seja feita lá no Piauí, por eles, porque eu estou confiando neles. Os médicos atenderam a gente super bem, foram muito atenciosos e estão realmente empenhado em descobrir o que minha filha tem”, afirmou.
Ano passado, o DE entrevistou médicos otorrinolaringologistas e oftalmologistas sobre os tipos de sangramentos mais comuns nas partes do corpo mencionadas pela família da jovem. Os profissionais ressaltaram que as explicações não estão necessariamente ligadas ao caso da jovem.
Otorrinolaringologista Luiz Laércio explicou que o único meio de ‘comunicação’ entre os olhos e o nariz é o canal lacrimal. Dentro da sua especialidade, há o entendimento de que seria preciso “estar com um sangramento nasal intenso” para que o líquido passasse pelo canal e, assim, saísse pelo “cantinho do olho”.
O médico ressaltou os tipos de sangramento no nariz, boca e orelhas, e suas possíveis causas. Já o oftalmologista Osvaldo citou duas possibilidades de sangramentos nos olhos, associados a traumas e conjuntivite.
Em meio a todo esse cenário, a família de Thamirys busca respostas e tratamentos para os graves e misteriosos sangramentos que afligem a jovem há anos. A jornada em busca de cuidados adequados agora se concentra no Nordeste, onde profissionais parecem estar mais empenhados em investigar e auxiliar no caso complexo de Thamirys.