A Enel, empresa que adquiriu a Celg do governo de Goiás, não espera grandes lucros no primeiro ano de atuação, segundo afirmou o presidente da Celg-D, José Nunes, em entrevista durante a cerimônia de apresentação da nova diretoria da distribuidora.
De acordo com Nunes, a gigante italiana trabalhará em um mercado com muita regulamentação, o que não, para ele, inviabiliza a obtenção de lucros a curto prazo.
“A empresa, após algum tempo, passará a ser equilibrada. Um negócio regulado não tem retorno a curto prazo, mas é algo que, uma vez ajustado, fornece um retorno a longo prazo. As empresas de mercados regulados não devem ser olhadas em um ano, mas ao longo de uma década”, disse.
Fornecimento e demissões
Assim que assumiu o controle da Celg, a Enel herdou as reclamações dos consumidores sobre problemas com o fornecimento de energia elétrica, especialmente na zona rural. Segundo Nunes, a diretoria já discute soluções para os “gargalos e demandas reprimidas”.
“A regularização do fornecimento, a melhoria de qualidade é sempre uma busca nossa em todos os mercados que atuamos. Sabemos que temos um déficit”, reconheceu.
Questionado sobre possíveis demissões, José Nunes se esquivou e revelou que, no momento, há um “plano de adequação” em curso, no qual, quem está aposentado ou prestes a se aposentar, recebe incentivos da empresa. Conforme o presidente, o plano teve grande receptividade dos colaboradores.