Conheça os segredos para envelhecer bem e chegar aos 118 anos de idade, segundo geriatra

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Envelhecer bem depende das escolhas feitas antes da velhice’, diz geriatra após idoso de 118 anos viralizar

O Diário do Estado ouviu a médica Luana Porto para saber o que pode ter contribuído para que o senhor Levino, morador de Pará de Minas, chegasse aos 118 anos. Ela destacou que o envelhecimento saudável começa ainda na juventude.

Poucas pessoas chegaram ou chegarão aos 118 anos, mas Levino da Costa de Jesus chegou. A após a longevidade do morador de Pará de Minas ser noticiada, o Diário do Estado conversou com uma geriatra sobre o que significa envelhecer bem.

Para a geriatra Luana Porto, viver muito não depende apenas da sorte ou genética. “É principalmente o resultado de escolhas feitas ao longo da vida”, analisou. “Envelhecer bem e chegar aos 118 anos depende das escolhas feitas antes da velhice. É preciso cuidar do corpo com uma alimentação saudável, mantê-lo em movimento e cuidar da mente com um cérebro ativo e convivência social”.

Segundo a médica, o bom controle de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, é fundamental para evitar complicações graves que comprometem a qualidade de vida. Além disso, não ter vícios, como cigarro e álcool, ajuda a preservar o cérebro e a ampliar a expectativa de vida com saúde.

A médica chama atenção também para a alimentação. Embora um prato colorido, com fontes variadas de vitaminas, seja importante, a ingestão de proteínas ganha protagonismo na terceira idade. “Com o envelhecimento, o paladar muda, e muitos idosos deixam a proteína de lado. Isso leva à perda de massa magra, fragilidade e maior risco de quedas”, alertou.

Para a especialista, a solidão é inimiga do envelhecimento saudável. “A maioria das pessoas não vive bem sozinha. O isolamento aumenta casos de depressão, ansiedade e insônia. Ter vínculos, manter amizades e cuidar da espiritualidade são atitudes que fazem diferença”. Ela ainda ressalta que pessoas que aceitam o envelhecimento com leveza, vivem em paz e se permitem novos desafios, tendem a ter um processo mais saudável e feliz.

Embora a genética tenha seu papel no processo de envelhecimento, a geriatra defende que os hábitos de vida são determinantes. “O mais importante é começar cedo. Quem cuida da saúde ainda na juventude está construindo um futuro com mais felicidade e qualidade de vida”. Sobre o ambiente – campo ou cidade -, Luana diz que ainda não há estudos conclusivos que apontem qual é o melhor para a longevidade, mas reforça que evitar o estresse e a poluição são medidas recomendadas.

Apesar de casos como o do senhor Levino ainda serem raros, a expectativa de vida tem aumentado e, com ela, o desafio de garantir qualidade de vida na velhice. “Viver 118 anos ainda é raro, mas estamos vivendo cada vez mais. O mais importante é viver melhor também. E isso depende de nós: cuidar da saúde, do corpo, da mente e das nossas relações”, concluiu a médica.

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