“É a junção do mundo físico com o mundo digital. É a utilização dos dados gerados dentro de uma indústria, num site, para melhorar processos, otimizar recursos, é a única maneira do Brasil se tornar competitivo”
A indústria 4.0 é a evolução da indústria 3.0. Existiram até o momento três revoluções industriais, sendo a primeira, a inserção da máquina a vapor, em seguida, a segunda revolução industrial que promoveu a inserção dos componentes elétricos e eletrônicos, ao passo que a terceira revolução industrial promoveu a robótica, a automação. Em entrevista ao jornal Diário do Estado, o engenheiro Leovir Júnior explicou a relação entre a nova indústria com o mercado e principalmente com a economia brasileira.
Quando se fala em robôs, de braços robóticos, linhas de produção, estamos falando em industria de terceira geração. Porém, com o avanço da tecnologia, surgiu em 2011 o termo indústria 4.0. “É a junção do mundo físico com o mundo digital. É a utilização dos dados gerados dentro de uma indústria, num site, para melhorar processos, otimizar recursos, é a única maneira do Brasil se tornar competitivo”, explica. A nova indústria utiliza as mais recentes implementações tecnológicas, por exemplo, a inteligência artificial e aprendizado de máquina. “Nessa era, temos máquinas conversando com máquinas, de modo que elas mesmo tomam decisão sobre o que precisará ser feito na hora de uma falha”, complementa.
A tecnologia Cloud é um exemplo, onde não é preciso mais manter grandes centros de armazenamento de dados, armazenamos tudo na nuvem e depois acessamos de onde e quando quisermos. “Hoje já temos impressão de objetos, peças, até mesmo membros do corpo, sem desperdício. Chamamos os dados de petróleo do século XXI. Eles nos fornecem padrões de consumo, padrões de consumo, assim as indústrias se orientam sobre como produzir ou o que produzir”, afirma Leovir.
Ainda se referindo a esse novo padrão de produção o especialista diz que já está presente fora do país, com isso a interação homem máquina será muito constante. Atualmente, o Brasil tem apenas 2% das indústrias operando em 4.0. Por isso, o governo federal tem criado uma série de medidas para incentivar a indústria nesse sentido. “O governo liberou recentemente linhas de crédito bilionárias via BNDES para financiar a evolução das empresas brasileiras, tudo isso para aumentar a nossa competitividade”, destaca.