VÍDEO: Capivaras tentam atravessar via e quase são atropeladas no Lago Sul, no DF
Grupo de cinco animais tentava cruzar pista no acesso à Ponte JK e tumultuaram trânsito. Especialista afirma que movimentação noturna é comum e faz parte da rotina dos animais.
Capivaras são flagradas atravessando pista no Distrito Federal.
Capivaras são flagradas atravessando pista no Distrito Federal.
Um grupo de cinco capivaras adultas quase foi atropelado em uma pista movimentada, de Brasília, na noite deste domingo (25). Os animais tentavam atravessar a via que dá acesso à Ponte JK, sentido Plano Piloto (veja vídeo acima).
O vídeo foi gravado por um motorista que parou o carro no momento em que os animais tentavam cruzar a rua. Segundo especialista, a movimentação noturna é comum e faz parte da rotina dos animais (saiba mais abaixo).
Nas imagens, é possível ver que quatro delas tentaram atravessar juntas, enquanto os carros passavam. A primeira conseguiu, mas as duas seguintes se assustaram com os veículos que conseguiram frear em cima dos animais.
Ainda é possível ver que, com o susto, as capivaras giraram atordoadas no meio da pista. Uma segunda capivara conseguiu atravessar, enquanto as outras voltaram para o canteiro central.
Elas então tentaram passar pelo sentido contrário, em direção ao Lago Sul. Uma delas ainda ficou sentada no meio da pista.
‘CENA PODE FICAR MAIS FREQUENTE’, DIZ ESPECIALISTA
Esse tipo de cena pode ficar mais frequente, com as temperaturas baixas se estabelecendo neste período, no DF, diz a coordenadora do Projeto de Monitoramento das Capivaras do IBRAM, Morgana Bruno.
Segundo a especialista, ainda não existe um estudo sobre este tema, mas é possível perceber que esses animais costumam procurar locais mais quentes nesta época, como as áreas próximas às pistas com fluxo de veículos.
> “As capivaras também são criaturas noturnas. Elas costumam descansar durante o dia, que é quando vemos elas perto do lago e na grama. Mas, no fim do dia, elas começam esse processo migratório, para procurar comida durante a noite”, diz a ecóloga.
CONVIVÊNCIA EQUILIBRADA
Lobo-guará é visto em pelo menos três quadras do Lago Sul.
Segundo Morgana, a estrutura arborizada do Distrito Federal contribui para que esse tipo de ocorrência aconteça com frequência – inclusive com outros animais.
> “A cidade cresceu em meio a essas áreas de preservação ambiental. Então, o ideal é que a gente conviva com esses animais, tome cuidado, respeite os limites de velocidade e fique atento às sinalizações”, diz a coordenadora do Projeto de Monitoramento das Capivaras.
Em março, o Batalhão de Polícia Ambiental do DF registrou o aparecimento de três lobos-guará no Lago Sul.
Um deles foi flagrado pelas câmeras de segurança de um colégio na QI 19 e outro nas imediações da QI 15, cerca de uma semana antes do primeiro. O terceiro andou pelas ruas residenciais da QI 03. Os três sumiram em direção às áreas de mata.
Conhecer os hábitos desses animais para evitar acidentes tanto com humanos, quanto com capivaras, também é importante.
> “A partir disso, a gente consegue, por exemplo, sugerir corredores de passagem subterrânea em locais com muitos acidentes. Isso já acontece aqui no DF, como na Flona, onde temos esses corredores para passagem segura dos animais”, diz Morgana Bruno.
PROJETO DE MONITORAMENTO
O estudo conduzido pela professora Morgana Bruno faz o mapeamento de áreas com movimentação de capivaras e ainda avalia os locais com incidência de acidentes e atropelamentos.
O projeto, que tem duração de três anos, é feito em parceria do Instituto Brasília Ambiental com a Universidade Católica de Brasília (UCB). A ideia é monitorar e propor manejos das populações de capivaras e carrapatos na orla do Lago Paranoá e em outras regiões.
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