Laudo confirma autoria de mensagem em sangue em caso de mortes em Jataizinho: João Vitor indiciado por latrocínio

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Análise de caligrafia confirma autoria de mensagem escrita em sangue na casa onde avó e neta foram mortas no PR, diz polícia

Outro homem havia sido preso pelo crime, mas foi libertado depois que João Vitor Rodrigues confessou os assassinatos. Inquérito foi concluído e Rodrigues foi indiciado por latrocínio. Crime aconteceu no dia 22 de março, em Jataizinho.

Concluídas as perícias de mortes de avó e neta em Jataizinho

O laudo pericial que analisou a caligrafia da mensagem deixada na parede do quarto onde avó e neta foram encontradas mortas em Jataizinho, no norte do Paraná, concluiu que ela foi escrita por João Vitor Rodrigues, que confessou ter matado as duas. O inquérito sobre o caso foi finalizado pela Polícia Civil (PC-PR) nesta segunda-feira (26) e ele foi indiciado por latrocínio.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público (MP-PR), que vai decidir por denunciar ou não João Vitor pelo crime. Marley Gomes de Almeida, de 53 anos, e Ana Carolina de Almeida Anacleto, de 11, foram mortas no dia 22 de março. Relembre abaixo.

O laudo foi elaborado pela Seção de Documentoscopia da Polícia Científica de Londrina. Segundo a Polícia Civil, foi realizada a comparação entre a mensagem encontrada na cena do crime e os padrões gráficos coletados de João Vitor.

Para a polícia, o laudo representou um elemento pericial robusto de confirmação da versão apresentada por João Vitor.

As investigações sobre o caso ainda revelaram que o crime foi cometido com extrema violência. Conforme a polícia, a forma como as vítimas foram mortas e como os corpos foram organizados na cama “reforçou o caráter meticuloso e perturbador da execução”.

A polícia ainda informou que João Vitor era vizinho das vítimas e tinha um vasto histórico de crimes patrimoniais e violentos. Ele confessou o crime de forma espontânea, na presença da mãe e a confissão foi registrada por câmeras.

“O autor assumiu que entrou na residência para furtar valores, mas, ao perceber que poderia ser reconhecido, decidiu matar as vítimas para garantir a impunidade, o que caracteriza o crime de latrocínio consumado com duplo resultado morte. A investigação durou semanas de intenso trabalho ininterrupto, com envolvimento de diversos setores da Polícia Civil, perícia técnica, exames necroscópicos minuciosos e laudos grafotécnicos que atestaram a autoria da mensagem deixada na parede”, informou a nota da PM.

João Vitor está preso por tráfico de drogas, e, na época do crime, havia sido liberado temporariamente. O DE tenta localizar a defesa dele.

Antes da confissão de João Vitor, outro homem havia sido preso no dia 26 de março. Ele foi considerado suspeito após ser flagrado em um vídeo de câmera de segurança passando próximo a casa das vítimas no dia do crime.

O homem havia sido agredido por moradores de Jataizinho, que acreditaram que ele fosse o autor do assassinato. Depois, a prisão temporária dele foi prorrogada, com a justificativa de “garantir a regularidade na coleta de provas e para preservar sua integridade física, diante da grande repercussão do caso e da intensa comoção pública”, de acordo com uma nota divulgada pela polícia.

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