Produtores de café do Paraná pedem reforço da polícia para evitar furtos

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Produtores de café do Paraná pedem que polícia intensifique ações para evitar furtos nas lavouras

Pedido foi feito após registros em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, impulsionados pelo alto preço do produto. PM informou que está definindo estratégias.

Produtores rurais estão preocupados com o aumento de furto de café em outros estados.

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) enviou um ofício ao Comando Geral da Polícia Militar (PM) pedindo reforço no policiamento das principais regiões produtoras de café do estado.

O objetivo, conforme a FAEP, é evitar furtos do grão nas lavouras do Paraná, após registros em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, impulsionados pelo alto preço do produto.

No documento, a instituição solicita medidas preventivas em junho, julho e agosto, período de maior atividade na colheita de café no Paraná.

“A gente solicitou que eles intensifiquem o efetivo, aumentem as rondas nas propriedades cafeeiras para proibir essas ações aqui no Paraná”, detalha Bruno Vizioli, analista técnico da Faep.

Na região do norte pioneiro ao oeste do Paraná, são mais de sete mil produtores de café.

“É muito preocupante. Você não sabe se dorme, se olha a lavoura… Não pode mais deixar café no terreno, não pode deixar nada. Tem que sair direto para as cooperativas”, detalha o cafeicultor Norival Barbosa.

A Polícia Militar informou que está definindo estratégias de atuação por meio das equipes da patrulha rural.

Enquanto isso, os produtores estão se organizando organicamente.

“A maioria está colocando porteira nas propriedades, aumentando a iluminação noturna, colocando câmeras e alarme de presença. Todo mundo está em alerta. Qualquer coisa de suspeita, já avisa a polícia, o pessoal, e todo mundo já fica em alerta. Vendo a polícia passar, indo e vindo várias vezes, o pessoal já se inibe de tentar roubar as propriedades”, afirma o produtor rural Carlos Cézar.

O preço do café moído subiu 80,2% entre março de 2024 e março de 2025, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a maior inflação acumulada do café moído em 12 meses desde maio de 1995, quando o índice foi de 85,5%.

Nesse período, a fruta foi impactada pelo calor e a seca que atingiram o país, entre outros fatores que afetaram a produção.

A China, por exemplo, se tornou um novo mercado para o café brasileiro. Desde 2023, o país saiu da 20ª para a 6ª posição no ranking dos principais importadores de café do Brasil, que é o maior produtor e exportador mundial do grão.

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