Hugo segue interditado por falta de insumos

As mais de 1 mil vagas são com salários de até R$ 7,2 mil para profissionais com diferentes níveis de escolaridade e áreas de atuação.

O Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), foi interditado nesta segunda-feira por falta de insumos e tem até quarta-feira para apresentar um plano de emergência. Segundo servidores, faltam itens como soro, luvas e até agulhas.
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A Superintendência Regional do Trabalho no Estado de Goiás (STRE), fez uma vistória no hospital e determinou a interdição das atividades de médicos, farmacêuticos e enfermeiros por causa da falta de medicamentos e insumos que podem colocar em risco a vida destes profissionais.
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Segundo pacientes do Hugo, além de agulhas e soros, faltam antibióticos, remédios como dipirona, foi preciso que familiares e amigos levassem remédios e até luvas para continuar o tratamento.

Nota enviada pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás

“A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa que o Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) realizou 28 cirurgias de ontem à noite até o final da manhã desta terça-feira, 25. Portanto, o hospital continua atendendo dentro da normalidade e do seu perfil de urgência e emergência. Ontem foi realizado repasse pela Secretaria da Fazenda de R$ 2 milhões para a aquisição de medicamentos, em que parte já foi adquirida na manhã de hoje, de forma emergencial, e até amanhã o estoque da farmácia do HUGO estará normalizado. Outros R$ 2 milhões foram repassados hoje, para garantir o abastecimento desses insumos, bem como das demais necessidades do hospital. Essa é a principal exigência do Ministério do Trabalho. Novos repasses serão realizados ainda nesta semana.

Dessa forma, vale reafirmar que o HUGO continua a receber pacientes de urgência e emergência. Na manhã de hoje, o hospital realizou outras cirurgias e existem mais 25 previstas, além das de urgências, de um total de 159 pacientes atendidos. Na enfermaria, são 270 internos; na UTI, outros 57. A taxa de ocupação dos 407 leitos do HUGO atualmente é de 90%, dos quais 5% precisam estar desocupados para higienização e preparo para receber novos pacientes.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás enfatiza que não houve interdição do HUGO e de nenhum outro hospital da rede pública estadual. Apenas foi exigido um plano de contingenciamento pelo Ministério do Trabalho, que está em negociação. Nenhum dos 17 hospitais da rede pública estadual sofreu paralisação e todos continuam atendendo normalmente”, diz a nota.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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