Lula está bem após quadro de labirintite, segue medicado e deve despachar do Alvorada, diz equipe
Na segunda, presidente cancelou reuniões após vertigem; sintomas levam até 48 horas para passar. Em dezembro, Lula passou por cirurgia na cabeça após acidente doméstico.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma nova reavaliação de saúde na manhã desta terça-feira (27), após cancelar parte da agenda por um episódio de labirintite nesta segunda (26).
Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República:
* Lula está bem e segue medicado para controlar a vertigem – os sintomas podem levar de 24 a 48 horas para cessar;
* o presidente deve seguir despachando do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República;
* não há previsão de retorno ao Palácio do Planalto (prédio de trabalho) nesta terça;
* ao longo do dia, Lula deve ir “chamando os ministros” para reuniões.
A avaliação médica desta terça foi feita pela médica Ana Helena Germoglio, uma das profissionais que acompanham o presidente desde janeiro de 2023.
Na segunda, um boletim divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês em Brasília informou que os exames de sangue e de imagem tiveram resultados “dentro da normalidade”. No fim da tarde, Lula já tinha voltado ao Palácio da Alvorada, onde passou a noite.
O planejamento original previa que Lula participasse de dois eventos:
* uma cerimônia pelo Dia do Diplomata no Ministério das Relações Exteriores – o vice-presidente Geraldo Alckmin deve substituí-lo;
* uma reunião no Palácio do Planalto com reitores de universidades federais – os ministros Camilo Santana (Educação) e Fernando Haddad (Fazenda) devem participar.
Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Lula sentiu o mal-estar logo após o almoço. Foi atendido pela equipe médica do Planalto e, por orientação, seguiu ao hospital por volta das 15h. Ele permaneceu no local por cerca de duas horas.
O mal-estar levou ao cancelamento de todas as reuniões previstas para esta tarde, incluindo encontros com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).
Lula sofreu queda no banheiro do Palácio do Alvorada, em Brasília, em 19 de outubro do ano passado.
Em 9 de dezembro, Lula foi transferido para São Paulo e internado às pressas para uma cirurgia, após sofrer dores de cabeça motivadas por um novo sangramento interno na cabeça.
Três dias depois, em 12 de dezembro, Lula passou por um segundo procedimento, em caráter preventivo, para evitar novos sangramentos. No dia seguinte, deixou a UTI e postou em rede social vídeos caminhando pelo hospital.
Em 19 de dezembro, Lula retornou a Brasília – mas ainda sob restrições e impedido, por exemplo, de fazer viagens a trabalho.
Em 27 de janeiro, Lula passou por uma nova tomografia no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. Foi “liberado plenamente para exercer sua rotina habitual de vida, como viagens e atividade física”. Os médicos também disseram que o presidente “segue sob acompanhamento”.
Em 20 de fevereiro, passou por exames de rotina no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O check-up anual estava programado para dezembro do ano passado, mas precisou ser adiado por conta da cirurgia realizada às pressas para a drenagem de um coágulo na cabeça. Os resultados dos exames estavam dentro da normalidade, inclusive a tomografia do crânio para controle pós-operatório.