Câmara aprova reforma previdenciária e gera revolta

Em sessão conturbada nesta terça-feira (25), a Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em segunda votação, por 18 votos a 1, o projeto de reforma previdenciária enviado pelo prefeito Iris Rezende. Servidores ocuparam as galerias da Casa e protestaram contra o projeto e os vereadores da base, impedindo muitas vezes que eles discursassem.

No momento da votação, houve tumulto. Servidores jogaram ovos e foram contidos pela Guarda Civil, sendo que alguns professores foram retirados das galerias. Durante a confusão, o presidente da Câmara, Andrey Azeredo (MDB), encerrou a votação. A oposição reclamou que não teve o direito de votar e afirmou que entrará na Justiça, pedindo anulação da sessão e da votação.

O vereador Elias Vaz (PSB), que estava de licença, retornou para participar do debate e questionou o processo. Segundo ele, antes do tumulto, já havia pedido encaminhamento de voto, algo que o presidente não poderia ter desconsiderado. Emocionada, a vereadora Cristina Lopes (PSDB) pediu a Andrey que a votação fosse refeita, já que fazia questão de votar. Ela argumentou que tinha saído para socorrer servidoras durante o tumulto.

O presidente, que havia encerrado a sessão após a votação, retomou os trabalhos, mas não atendeu aos pedidos da oposição. Ele afirmou que houve um engano e que ainda teria que votar as emendas em destaque. Elas foram aprovadas por 18 a 0, já que a oposição se negou a participar da votação após encerramento da sessão.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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