Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, foi um dos principais chefes do tráfico de drogas no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, entre os anos de 2013 e 2015. Com 37 anos e mais de 21 anos de condenação, ele liderava uma estrutura criminosa que controlava a compra, distribuição e transporte de cocaína, armas de fogo e munição. Além disso, negociava com fornecedores da América do Sul e da Europa, possuindo 65 anotações criminais.
Após a morte de Diogo Wellington Costa, Fhillip assumiu o controle do tráfico no Alemão. Utilizando diversos telefones celulares e aplicativos criptografados, ele comandava a distribuição de drogas na região, tendo sua base na Rua Canitá e operações em um sítio em Seropédica, na Baixada Fluminense, além de rotas interestaduais com destino a Juiz de Fora, em Minas Gerais.
A quadrilha chefiada por Fhillip contava com integrantes responsáveis por transações financeiras, transporte de drogas e armamento, tendo status elevado dentro da facção Comando Vermelho. Ele era considerado o terceiro homem mais influente da organização fora do sistema penitenciário, atuando de forma autônoma e com autonomia no CV.
As ações controladas e operações da polícia levaram à prisão de cúmplices de Professor e à apreensão de drogas adquiridas por ele. Os membros da quadrilha trocavam mensagens com fotografias de entorpecentes, armamentos e comprovantes de depósitos bancários, demonstrando a alta capacidade logística e financeira do grupo.
A sentença condenatória de Fhillip foi estabelecida em novembro de 2015, imputando-lhe pena de 21 anos, 10 meses e 14 dias de reclusão em regime fechado, além do pagamento de multa. Ele confessou suas atividades criminosas, mas negou ser o chefe do tráfico, classificando-se como um “ajudador”.
O traficante planejava uma expansão rural com a compra de chácaras e uso de carretas internacionais para transporte de drogas vindas da Colômbia, Bolívia e Peru. Ele movimentava altas quantias em dinheiro, chegando a R$ 1 milhão em depósitos bancários em apenas 15 dias, em um esquema profissional de comércio de entorpecentes.
As provas apresentadas pela Polícia Federal durante o inquérito confirmaram a atuação de Professor como um dos articuladores do tráfico de drogas na capital fluminense. Sua morte, neste domingo, marca o fim de uma era de liderança criminosa no Complexo do Alemão, revelando a complexa e perigosa engrenagem do tráfico na região.