Casa Noturna de Contagem é Condenada por Agredir Casal Homossexual

casa-noturna-de-contagem-e-condenada-por-agredir-casal-homossexual

Diário do Estado condena casa noturna da Grande BH a indenizar casal vítima de agressões e homofobia

Namorados relataram agressões físicas e ofensas homofóbicas durante comemoração de aniversário em boate de Contagem. Vítimas devem receber R$ 11 mil por danos morais.

A Justiça condenou uma casa noturna de Contagem, na Grande BH, a indenizar um casal que sofreu agressões e homofobia durante a comemoração de um aniversário no local. As vítimas devem receber R$ 11 mil por danos morais.

Segundo o processo, o aniversariante foi ao estabelecimento, acompanhado do namorado e de familiares, para celebrar seus 20 anos de idade. Logo na entrada, ele relatou que foi alvo de comentários homofóbicos por parte dos seguranças.

Mais tarde, a tia do jovem pediu um carregador emprestado a um funcionário, que a tratou de forma ríspida e pediu que ela deixasse o bar. Ao tentar defender a parente, a vítima se envolveu em uma discussão, e o bolo de aniversário foi jogado no chão.

Na sequência, o casal foi levado pelos seguranças até um banheiro, onde sofreu agressões físicas e verbais. Eles procuraram uma delegacia em seguida para denunciar o crime e passaram por exames de corpo de delito.

DECISÃO ‘REFORMADA’

Inicialmente, a ação judicial pedia uma indenização de R$ 11 mil por danos morais e R$ 9,75 mil por danos estéticos para cada um, totalizando R$ 41,5 mil. Em primeira instância, a Justiça deu razão à casa noturna, mas o casal recorreu.

A boate alegou que o aniversariante estava embriagado e que os ferimentos foram provocados pelas próprias vítimas, que teriam arrancado os piercings para simular sangramentos. Afirmou também que a tia do jovem agrediu um garçom e um segurança após ter seu pedido de carregar o celular negado.

No entanto, a relatora do caso, desembargadora Aparecida Grossi, reformou a decisão na segunda instância. Ela considerou que testemunhas confirmaram ofensas homofóbicas e destacou que os funcionários tinham o dever de garantir a integridade dos clientes.

“A promoção de um ambiente de respeito e igualdade é essencial para a convivência harmoniosa entre os indivíduos, independentemente de sua orientação sexual”, afirmou a magistrada.

O voto que condenou a boate ao pagamento de R$ 11 mil por danos morais foi acompanhado pelos desembargadores Roberto Soares de Vasconcellos Paes e Amauri Pinto Ferreira.

VEJA TAMBÉM: Mulher diz ter sido esganada por causa de preconceito em BH

Os vídeos mais vistos do Diário do Estado:

50 vídeos

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp