Operação contra quadrilha de agiotas prende 16 suspeitos, apreende relógio de
luxo e R$ 150 mil em SP e MG
Um grupo criminoso que atuava como agiotas em São Paulo e Minas Gerais foi alvo de uma operação policial que resultou na prisão de 16 suspeitos, além da apreensão de um relógio de luxo, dinheiro em espécie e cheques que somam o valor de R$ 150 mil. Essa quadrilha, denominada como operação DE, movimentou cerca de R$ 67 milhões com empréstimos de dinheiro a juros abusivos e cobranças feitas através de ameaças e violência. Vale ressaltar que indivíduos já presos anteriormente por envolvimento nas atividades do grupo foram condenados.
A segunda fase da Operação “Castelo de Areia”, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e pela Polícia Militar, resultou na detenção de 16 suspeitos e apreensão de artigos de luxo, dinheiro em espécie e cheques. As investigações revelaram que essa quadrilha emprestava dinheiro a juros elevados e recorria a métodos violentos para cobrar seus devedores.
Entre os presos nesta operação, 14 foram localizados na cidade de Franca, um em Ribeirão Preto e outro em Pedro Leopoldo (MG). Além disso, há uma pessoa considerada foragida. Os envolvidos foram identificados como Antônio Henrique Pimenta Mathias, Leonardo Carrijo Machado, Matheus Carrijo Machado, Bruno de Mato, Everaldo Bastos Guimarães, Eraldo Bastos Guimarães, Rayander, Patrick, Alexandre, Thiago Cravo, Rogerio Gel, Célio, Alex Alves, Willian, Carlos Roberto e Wescley.
O G1 e a EPTV, emissora afiliada da TV Globo, tentam contatar a defesa dos suspeitos. Durante o cumprimento dos mandados de busca, 15 aparelhos celulares, computadores, documentos relacionados à agiotagem, três armas de fogo, R$ 50 mil em espécie, R$ 100 mil em cheques e artigos de luxo, como um relógio Rolex, foram apreendidos. Veículos pertencentes aos investigados foram bloqueados administrativamente como medida preventiva.
Os presos nesta etapa da operação movimentaram aproximadamente R$ 31 milhões nos últimos quatro anos. Já na primeira fase, sete pessoas foram detidas por movimentarem outros R$ 36 milhões. Todos os integrantes presos anteriormente, incluindo um ex-policial civil, foram condenados a 20 anos de prisão por diversas acusações, como lavagem de dinheiro, organização criminosa, usura, corrupção ativa e passiva.
O Gaeco revelou que mesmo com as prisões anteriores, outros membros da quadrilha mantiveram as atividades criminosas e demonstraram falta de temor às consequências legais. Isso motivou a deflagração da segunda fase da operação, visando desmantelar completamente a associação criminosa. As investidas do Gaeco e da Polícia Militar têm sido cruciais para desbaratar quadrilhas que atuam à margem da lei e prejudicam a população com práticas ilegais e violentas.